Policiais receberam R$ 1,4 milhão de prêmio por apreensão de armas na Bahia

Triplicou número de fuzis apreendidos com bandidos pela polícia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2017 às 16:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação/ssp

Policiais civis e militares, responsáveis pelas apreensões de armas de janeiro a outubro deste ano no estado, receberam R$ 1,4  milhão com base no Prêmio Especial, instituído pelo governo do estado em 2011. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP BA). A gratificação prevê o pagamento em dinheiro, dividido em três faixas: R$ 300  para revólveres 38 e pistola 380; R$ 600 para pistolas ponto 40, 45 e 9 milímetros; R$ 1,5 mil para fuzis, metralhadoras e espingarda calibre 12, por exemplo.

No período foram apreendidas 4.028 armas no estado. Desses, 22 fuzis foram apreendidos. O número é 314% maior do que a quantidade total de armamentos desse tipo apreendidos pela polícia na Bahia em todo ano passado. Os policiais também recolheram 12 metralhadoras contra nove em todo ano passado. Além disso, foram tiradas de circulação 1.032 espingardas, 2.181 revólveres e 555 pistolas.

O secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, afirma que o aumento das apreensões de armas de grosso calibre é explicado pelo trabalho integrado entre as polícias. Os números, entretanto, não incluem as apreensões realizadas em conjunto com as polícias em outros estados e as apresentadas na Polícia Federal. 

“Essas ações, para terem êxito, precisam de muito trabalho de inteligência policial, e, sobretudo de troca de informações entre as forças de segurança”, explica Barbosa.

Ainda segundo ele, o aumento da pena para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e sua inclusão no rol dos crimes hediondos são iniciativas positivas. “Entretanto a responsabilidade de fiscalizar a fronteiras, por onde entram essas armas em nosso país, principalmente as de grosso calibre, é do Governo Federal. E, como é feita a contento, o problema recai para as polícias estaduais”, disse o secretário. Barbosa afirmou ainda que essas armas longas geralmente são encontradas com quadrilhas de assalto a bancos, boa parte com atuação interestadual.

Uma operação de equipes da Força Tarefa da SSP, Batalhão de Choque, e Polícia Federal, realizada no mês de outubro apreendeu, por exemplo, dois fuzis AK 47 calibre 7.62, uma metralhadora 9 milímetros, uma submetralhadora MT12, 9 milímetros, uma pistola CZ, 9 milímetros e uma espingarda calibre 28. “Só esse material foi avaliado em meio milhão de reais”, destacou o diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), delegado Marcelo Sansão. 

Essas armas, porém, destaca o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Paulo Guerra, “não são comuns na Bahia, como acontece no Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo”. Disse ainda que, apesar do aumento no número de apreensões, a realidade baiana não se compara aos outros dois estados”, afirmou Guerra.