Prefeitura de Salvador celebra Operação Chuva 2021 sem graves ocorrências

Codesal aponta eficácia das ações preventivas e de respostas realizadas entre março e junho na capital

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  • Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2021 às 18:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/Correio

Entre março e junho de 2021, período das atividades coordenadas pela Codesal, não foram registradas ocorrências fatais em áreas de risco em Salvador. O fato foi comemorado pela Prefeitura de Salvador. Para a Codesal, os dados atestam a eficácia das ações preventivas e de respostas realizadas pela Prefeitura de Salvador   A Operação Chuva 2021 é realizada anualmente entre março e junho para eliminar e minimizar os efeitos causados pelas chuvas em Salvador. A Codesal destaca que o trabalho permanente vem deixando a cidade mais preparada para enfrentar deslizamentos de terra e desabamentos, sem perdas de vidas.   Desde a gestão do ex-prefeito ACM Neto, tendo continuidade com a gestão do prefeito Bruno Reis, nos últimos oito anos já foram destinados mais de R$220 milhões para proteção de áreas de risco, além dos aportes em tecnologia voltados à modernização da Codesal, que hoje conta com o moderno Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec), além pluviômetros, estações hidrológicas e sistemas de alerta e alarme. O balanço final da Operação Chuva foi divulgado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) nesta sexta-feira (02/07). No documento, o órgão destaca que vistorias são realizadas diariamente a partir de demandas dos moradores ou de solicitações feitas por meio dos órgãos parceiros da Operação Chuva, buscando eliminar ou minimizar os efeitos do mau tempo.  Acumulado de chuvas

O acumulado de chuvas em Salvador entre março a junho foi de 614,4mm, 37,17% inferior à normal climatológica (média histórica) do período, que é de 977,9mm, segundo dados aferidos pela estação pluviométrica de Ondina, operada pelo Inmet, e pelo o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec). Em 2020, a mesma estação registrou 1.540,5 mm, cerca de 58% acima da normal climatológica. O mês de maio foi o menos chuvoso dos últimos 29 anos em Salvador, contrastando com abril que apresentou um expressivo volume de chuvas. A expectativa, com base no histórico de precipitação de chuvas dos últimos 30 anos na capital, era de que chovesse 279,8 mm durante todo o mês de maio. Em 2020, o índice registrado neste mesmo período foi de 454,2 mm. Este ano choveu apenas 119,0 mm. Segundo o Cemadec, abril foi marcado por períodos de intensas chuvas na capital que ultrapassaram em quase o dobro a normal climatológica para o mês (295,7mm), como o registrado na estação da Base Naval de Aratu (533,2 mm).   Os maiores acumulados em abril foram contabilizados nas seguintes localidades: Base Naval de Aratu - 533,2 mm; São Tomé de Paripe - 492,8 mm; Palestina - 467,2 mm; Mirante de Periperi - 427,4 mm; Periperi - 410 mm; Valéria - 409,3 mm; Mussurunga - 408,2 mm e Praia Grande - 403 mm. Nesse período, a estação de Ondina registrou 286,6 mm, 97% da normal climatológica.   Com base nos dados gerados pela estação de Ondina, todos os meses que englobam a Operação ficaram abaixo da normal climatológica: março - 62,8 mm; abril - 286,6 mm; maio- 119,0 mm e junho - 146,0 mm.   As Normais Climatológicas são médias de parâmetros meteorológicos computadas em um período de 30 anos consecutivos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No caso de Salvador, este padrão é determinado por medições realizadas nos últimos 30 anos pelo pluviômetro de Ondina, então o único existente na cidade.  Realização de vistorias   Ainda segundo o balanço, entre 01 de março e 30 de junho, a Defesa Civil realizou 4.925 vistorias em áreas de risco da capital. As principais se referem a orientação técnica -1.356; ameaça de deslizamento – 1.277; ameaça de desabamento – 1.038; e deslizamento de terra – 3.650. O maior volume de ocorrências foi registrado nas áreas pertencentes às Prefeituras-Bairro Centro/Brotas (1.756); Liberdade/São Caetano (1.016); Subúrbio Ilhas (990); Cabula/Tancredo Neves (716) e Pau da Lima (694). Ao longo do ano, a Defesa Civil de Salvador realiza ações preventivas nas áreas de risco da capital baiana, entre as quais as vistorias integrantes do Projeto Casarões, que já contabilizam 1.536 imóveis. Visando preservar vidas, as vistorias técnicas são realizadas a partir da avaliação de risco geológico ou construtivo, de forma a prevenir, proteger e preservar o bem-estar dos cidadãos. O processo se inicia por meio de solicitação pelo telefone 199.