Pressionado, Brasil fecha amistosos de 2019 contra Coreia do Sul

Jogo será nesta terça-feira (19), às 10h30, em Abu Dhabi

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A saideira de 2019 do Brasil chegou. Nesta terça-feira (19), às 10h30, a Seleção fará seu último jogo do ano, contra a Coreia do Sul, no estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. E a pressão, cada vez mais, é por uma vitória - afinal, desde o título da Copa América, em julho, a equipe está em um jejum de triunfos.

Por isso, Tite mudou sua estratégia ‘misteriosa’. Na semana passada, escondeu a escalação da equipe que enfrentaria a Argentina, na sexta-feira (15) - o que não deu muito certo, já que perdeu de 1x0 em Riad, na Arábia Saudita. Dessa vez, nada de segredos. Confirmou que fará cinco mudanças em relação àquele grupo e toda a formação foi mostrada em um treino aberto.Saem o lateral Alex Sandro (vetado por lesão muscular), o zagueiro Thiago Silva, o volante Casemiro e os atacantes Willian e Roberto Firmino. E entram Renan Lodi, Marquinhos, Fabinho, Philippe Coutinho e Richarlison.Mas os novos nomes não são as únicas alterações - Tite também mudou parte do esquema tático. Militão, que jogou no clássico pela direita, aparecerá pela esquerda. No meio de campo, Fabinho fica atrás de Arthur (na esquerda) e Paquetá (na direita). Enquanto isso, lá na frente, estarão Coutinho (pela esquerda), Gabriel Jesus (segue na direita) e Richarlison (posição herdada de Firmino).

“Nestes dois jogos, todos que foram construindo etapas terão oportunidades de jogar. Eu me cobro muito, não durmo legal. Para mim, excelência está com essa inquietude de todo mundo fazer o seu melhor em todas as áreas”, falou Tite. 

O duelo contra a Argentina, aliás, reafirmou a má fase do Brasil. Nas últimas cinco partidas, a seleção somou três empates - com Colômbia (por 2x2), Senegal e Nigéria (ambos por 1x1) - e duas derrotas, contra Peru (1x0) e contra a equipe de Lionel Messi. Sem bons resultados, a cobrança sobre Tite aumenta.

“É, tem necessidade sim do resultado, mas também compreensão de etapas. Futebol é prática, esse é o momento que nos permite (fazer modificações na equipe), por mais duro que seja, mais difícil que seja, mas o técnico tem que ter o discernimento de aguentar as pressões e, por sua maturidade, dar confiança para os jogadores produzirem. Todos estão pressionados, mas sabem da responsabilidade que têm”, garantiu o comandante.

A rival Brasil e Coreia do Sul se enfrentarão pela sexta vez. Com retrospecto favorável para a equipe de Tite: foram quatro vitórias e apenas uma derrota. Porém, ainda assim, é preciso ter cuidado.“A Coreia do Sul é uma das seleções mais fortes do continente asiático. Uma equipe com muita intensidade, com uma saída rápida, com jogadores rápidos. Será mais um duelo bom para nossa equipe seguir crescendo”, disse o meia Fabinho, do Liverpool, uma das principais novidades para o jogo.Nas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2022, os sul-coreanos são lideres do Grupo H, com oito pontos acumulados em duas vitórias e dois empates. O grande destaque  é o atacante Son, do Tottenham - um velho conhecido de Fabinho. 

“É o principal jogador [do time inglês]. Ele está numa fase muito boa, é rápido, finaliza bem de perna esquerda e perna direita. Já enfrentei ele algumas vezes. Sabemos que se dermos espaço, Son pode ser muito perigoso, vamos estar atentos com ele e com toda a seleção coreana, mas vamos buscar jogar o nosso futebol também”.

Brasil x Coreia do Sul: Terça-feira (19), às 10h30, no Estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos Transmissão: TV Globo e SporTV;

Brasil: Alisson, Danilo, Marquinhos, Militão e Renan Lodi; Fabinho, Arthur e Paquetá; Gabriel Jesus, Coutinho e Richarlison;

Coreia do Sul: Seung Gyu Kim; Yong Lee, Min-jae Kim, Young-Gwon Kim e Jin-Su Kim; Jae-Sung Lee, Woo-Young Jung, Hwang In-Beom e Tae Hee Nam; Ui Jo Hwang e Heung-Min Son;