Problema resolvido: Juninho tomou conta da lateral esquerda do Leão

Juninho chegou no pior momento do Leão, mas se firmou na posição ao desbancar Geferson e Thallyson

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  • Vitor Villar

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauricia da Matta / ECVitória

Juninho desembarcou no Vitória num momento dos mais difíceis para um jogador. Chegou ao clube para fazer exames no mesmo dia em que o diretor de futebol que o havia contratado, Petkovic, foi demitido. A equipe estava sem direção e sem técnico. Alexandre Gallo, outro que havia avalizado a sua contratação, fora demitido no dia anterior. Para completar, o Leão vinha de uma sequência de cinco derrotas, na vice-lanterna do Brasileirão, e tendo a lateral esquerda como uma das principais carências. Hoje, Juninho confessa que não temeu pelo seu futuro no clube, mas que ficou surpreso: “Não esperava realmente por tudo aquilo. Cheguei num dia em que muitas coisas aconteceram e numa semana de muitas mudanças. Mas confiei que aquelas atitudes estavam sendo tomadas para mudar a situação do time. Sei que no futebol tem muito disso, então não fiquei assustado, mas fiquei surpreendido”. Além disso, quem teria que encarar aquela situação adversa seria um jogador que havia passado seis meses no Cazaquistão, longe dos olhos da torcida e, consequentemente, sem contar com a confiança imediata dela. “Não vim para o Vitória para ser bancado por ninguém, vim para fazer meu trabalho independentemente do treinador ou diretor que estivesse. Estava vindo de um país pouco visto e precisava mostrar meu trabalho aqui de novo, mostrar o que tinha mostrado em outros clubes”, disse.Mudou a história Mas Juninho, como o próprio Vitória, soube superar as adversidades. Agora, o lateral pode dizer, ainda que de brincadeira, que é a única cara nova, ao lado do próprio Mancini, no time que engata uma reação no Brasileiro. O jogador estreou na mesma semana em que chegou à Toca, no empate por 0x0 com o Cruzeiro no Mineirão, em 30 de julho, na estreia de Mancini. “Falei para ele que estava em condições de jogo e ele optou por me escalar. Fiquei muito confiante de ter chegado e jogado logo como titular”, lembra. Coincidência ou não, desde que ele entrou no time, o Vitória tem 67% de aproveitamento: são três triunfos, um empate e uma derrota. Segundo ele, não há segredo na reação. “A gente trabalha forte, é isso. Mancini faz um excelente trabalho, e houve  mudança de postura de todos os atletas. O clube também fez algumas mudanças internas e hoje está tudo bem. O ambiente é muito bom e o time já tinha qualidade para sair dessa situação”. Sobre a lateral, que já teve neste ano Geferson, Euller e Thallyson, todos contestados, Juninho contou com a experiência para lidar com a situação. “Em todos os clubes pelos quais passei, sempre cheguei com essa questão para resolver, de dar conta da lateral. No Figueirense, joguei por dois anos, e em seguida fui para o Palmeiras, que também tinha problemas, e fiquei lá por três anos”. Com o time mais organizado, ficou mais fácil tomar conta da posição. Graças a Mancini, segundo Juninho. “É só você puxar os últimos jogos do Vitória antes dele, ver como o time jogava, e ver como está jogando agora. E são os mesmos jogadores, praticamente. Essa nova postura é mérito total de Mancini”, garante.