Produção de veículos e alimentos causa queda na indústria baiana em setembro

Dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (9)

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  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 10:38

- Atualizado há um ano

A produção industrial baiana caiu 3,3% em setembro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada nesta sexta-feira (9) pelo IBGE. O recuo foi o terceiro maior entre os 15 locais pesquisados, e ficou apenas atrás de São Paulo (-3,9%) e Amazonas (-5,2%).

O índice foi o pior que a média nacional, de -1,8%, e ainda acompanhou  o movimento de queda registrado em sete áreas. Nessa comparação, os melhores resultados da indústria foram registrados no Ceará (3,7%), Pará (3,5%) e em Pernambuco (1,7%).

Em comparação a setembro de 2017, a produção industrial baiana também caiu (-2,6%), após ter crescido por três meses seguidos. Teve desempenho pior que a média nacional (-2%) e também acompanhou o movimento de retração verificado em sete dos 15 locais pesquisados.

De acordo com o IBGE, o recuo de 2,6% na produção industrial da Bahia, comparado a  setembro de 2017, foi resultado do desempenho negativo da indústria de transformação (-2,9%), com quedas em 7 das 11 atividades pesquisadas separadamente no estado. A indústria extrativa (3,4%), por sua vez, teve alta.

Os principais impactos negativos para a indústria do estado vieram justamente dos setores que mais haviam puxado para cima a produção em agosto: veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,7%), com quedas em todos os produtos, inclusive os automóveis; e produtos alimentícios (-11,2%), com influência da menor fabricação de açúcar cristal e de produtos à base de soja. Os dois segmentos apresentaram recuos após três meses de importantes altas para a atividade industrial no estado, sobretudo as do setor de veículos. Ainda assim, se mantêm positivos no acumulado em 2018, com crescimentos de 20,3% (veículos) e 4,5% (alimentos).

O recuo da atividade fabril em geral na Bahia só não foi maior em setembro porque setores de peso na estrutura industrial do estado tiveram altas. Foi o caso da Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (+2,6%), que teve o primeiro aumento de produção em quase um ano (desde outubro de 2017), e da Metalurgia (+7,9%).