Professor aparece em festa da escola com fantasia do Ku Klux Klan em SP

Docente foi afastado pela Secretaria de Educação. Alunos planejam uma manifestação

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  • Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 16:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Um professor apareceu na escola onde trabalha, em São Paulo, vestido com uma fantasia que faz referência ao grupo supremacista branco dos Estados Unidos, Ku Klux Klan. As imagens que circulam nas redes sociais foram registradas por alunos da Escola Estadual Amaral Vagner, em Santo André, durante a Semana Temática e da Olimpíada. Segundo a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, o professor de história foi afastado e uma comissão foi formada para averiguar o ocorrido. Ele seguirá efetivo até o final da apuração.

Apesar das imagens terem circulado nesta segunda-feira (20), o caso aconteceu no dia 8 de dezembro durante o evento em que os alunos do terceiro ano, professores e funcionários podiam escolher uma roupa para participar do Desfile de Fantasia.

"Um professor de história, sem o conhecimento do Grêmio, da Atlética, ou da escola, se vestiu com uma fantasia que fazia alusão ao grupo terrorista Ku Klux Klan. No mesmo instante que o professor adentrou a quadra, local onde ocorreria o desfile com tal vestimenta, foi vaiado e retirado da quadra pelos estudantes e membros do Grêmio e Atlética que estavam presentes na hora do ocorrido, tirando a fantasia e foi encaminhado a direção escolar", diz o comunicado publicado nas redes sociais da Atlética da instituição.

O diretor da escola, Wagner Luiz Bonifácio dos Santos, publicou na página da instituição uma carta de retratação se desculpando com  a comunidade da escola e todos "que possam se sentir ofendido pelo traje usado por um de nossos professores em tal evento e esclarecemos que não compactuamos com nenhuma manifestação de incitação a discurso de ódio ou permitimos em nossa unidade escolar a apologia de segregação a qualquer tipo grupo étnico, crença, gênero ou classe social".

Ainda de acordo com o diretor, o professor reconheceu que "sua ação foi infeliz" e que fez um pedido formal de retratação., além de se desculpar na reunião no Conselho Escolar. Nas redes sociais, alunos planejam uma manifestação n frente da escola para cobrar punição ao professor.