Quadrilha é condenada a 164 anos de prisão por chacina em Periperi

Guerra entre facções motivou a morte de seis pessoas em 2014, no Subúrbio Ferroviário

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de março de 2017 às 20:01

- Atualizado há um ano

O Tribunal do Júri condenou uma quadrilha denunciada pelo Ministério Público estadual de ser responsável pela chacina ocorrida no dia 9 de agosto de 2014 no bairro de Periperi, quando seis pessoas foram assassinadas e duas saíram feridas na Rua da Guiné, localidade conhecida como “Congo”, no bairro de Periperi. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Ministério Público Estadual.Daniel Pereira dos Santos, O Cuminho; Diego de Souza Gonçalves, conhecido como Bide; e José Carlos Ferreira dos Santos foram condenados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio a 164 anos e 11 meses de reclusão e Jean Jorge Gonçalves dos Santos, vulgo Papel, a 163 anos, quatro meses e oito dias. Conforme a denúncia, Daniel, Diego e Jean agiram a mando de José Carlos. 

A pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado, na Penitenciária Lemos de Brito. A denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Jânio Peregrino, foi sustentada oralmente pelos promotores de Justiça Cássio Marcelo, Davi Gallo e Luciano Assis. A sentença foi proferida pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza.

Lembre o casoNa chacina, depois de serem atingidos por tiros de armas de fogo, morreram Marco Antônio Silva Santos, Amanda Reis dos Anjos, Adoniran Reis dos Anjos, Ricardo de Carvalho Silva, Alessandro Reis dos Anjos e Edmilson Santos dos Anjos. Saíram feridas Leilane Reis dos Anjos Menezes e Alessandra Reis dos Anjos. Os assassinatos e os atentados teriam relação com uma guerra entre facções criminosas.Na Época, a polícia divulgou que Cuminho estava preso por tráfico, homicídio e sequestro, mas deixou a prisão na por conta da saída temporária do Dia dos Pais. Ele ficou sabendo que estava acontecendo uma festa de aniversário de parentes de Leno, um traficante que era parceiro dele mas que se tornou rival por mudar da Facção Comando da Paz para a Caveira, e então resolveu “acertar as contas”. Comoção no enterro de três pessoas da família Anjos mortas em chacina (Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO)