Qual o melhor? 5 apps disputam 1 milhão de passageiros em Salvador

Veja vantagens e desvantagens para usuários e motoristas

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 22 de julho de 2018 às 06:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto:Marina Silva/CORREIO

Que a chegada da Uber em Salvador, em 2016, revolucionou a forma como as pessoas se locomovem na cidade todo mundo sabe – para o bem e para o mal. Só que, pouco mais de dois anos depois, o cenário cresceu tanto que envolve proporções e cifras milionárias: hoje, quatro aplicativos de transporte disputam um mercado de cerca de um milhão de usuários. 

À Uber, se juntaram a 99POP, a 4Move, a Yet Go (brasileira com um sócio baiano) e a Partiu Rosa (empresa totalmente baiana). Em breve, a concorrência deve aumentar: a Itmov já começou o cadastro dos futuros motoristas.  Entre as maiores, a espanhola Cabify, que já está em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é a única que ainda não tem previsão de chegar na capital baiana. 

Assim, para conquistar usuários, cada uma lança mão do que pode: descontos, promessa de mais segurança, preços fixos, motoristas mulheres e até transporte para pets. Para atrair mais profissionais como motoristas, é a mesma coisa: taxas de adesão fixas por mês, canais de comunicação mais efetivos, maior número de clientes e até promoções em serviços de salão de beleza e lava-jato. 

Os aplicativos não divulgam números sobre usuários, nem sobre motoristas. No entanto, o Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter) estima que a cidade já tenha 25 mil motoristas de aplicativos em operação. O número de usuários, a partir das estatísticas de viagens, ficaria em torno de 1 milhão de pessoas. 

O projeto que regulamenta o transporte individual de passageiros através de aplicativos, como Uber, está sendo analisado pela Procuradoria Geral do Município que está analisando as leis de outros estados para regulamentar o transporte desse tipo em Salvador. O projeto limitará a 7,2 mil o número de veículos de aplicativos - a quantidade é a mesma dos táxis em circulação na cidade. 

Assim como acontece com os táxis, segundo o projeto, cada veículo de aplicativo poderá ter mais dois motoristas, chegando a três no total. A média de idade dos automóveis será inicialmente de, no máximo, oito anos e as empresas que operam os serviços serão taxadas, a exemplo de 1% de ISS. 

Em Salvador, serviços como o Uber foram considerados irregulares por uma lei municipal de 2016. No ano seguinte, uma liminar permitiu a legalidade do transporte privado por aplicativo até que, em março deste ano, o presidente Michel Temer sancionou, sem nenhum veto, a lei que regulamenta o serviço.

‘Multiapp’ De olho nas preferências dos clientes, o motorista Paulo Paiva, 34 anos, está cadastrado em todos os aplicativos disponíveis: Uber, 99POP e Yetgo, além de já ter se cadastrado na Itmov. Só não está na Partiu Rosa porque a empresa só aceita mulheres como parceiras. “À medida que vão aparecendo novas oportunidades, a gente vai experimentando, vendo o que tem de melhor e o que tem de pior. A 99POP chegou com uma proposta boa na época, mas pecou na segurança. O índice de assaltos é muito grande porque o cadastro de usuários é vago, não exige CPF”, exemplifica. Paulo se tornou motorista por aplicativo há dois anos, com a Uber. Na época, trabalhava como técnico em telecomunicações e rodava pela cidade inteira trabalhando com instalações. Decidiu entrar para o ramo quando a empresa em que trabalhava não pôde pagar mais as mensalidades da faculdade de Engenharia Civil que cursava – algo em torno de R$ 600.  Paulo tem todos os aplicativos de transporte cadastrado Foto: Arisson Marinho/CORREIO Começou a rodar para conseguir os R$ 600 até que, em setembro do ano passado, saiu da empresa e passou a trabalhar somente como motorista. Na 4mov, ele elogia a possibilidade de acumular pontos, prêmios e descontos. Mesmo assim, as expectativas estão altas mesmo com a Yetgo, que começou a operar na semana passada. 

“A gente paga um valor fixo de R$ 300 por mês e o que se fatura mensalmente depois é nosso”, conta ele. Entre sexta-feira e segunda-feira da semana passada, fez cerca de 15 corridas com a Yetgo. A Uber ainda é a que traz a maioria dos clientes – chega a 70% das corridas que atende (algo entre 20 e 30 por dia). 

Motorista da Uber há dois anos, Magnun Reis é um dos que segue com exclusividade com a empresa, ainda que considere alta a taxa de 25% cobrada pelo serviço. "A Uber tem uma demanda maior e oferece algumas vantagens, como permitir que o motorista conheça a avaliação do passageiro e saiba se ele é antigo ou novo usuário. Isso nos dá mais segurança", opina.

Por outro lado, ele reconhece uma vantagem da 99POP: o motorista sabe qual será o destino do passageiro assim que aceita o pedido, o que não acontece na Uber. "Ainda assim, prefiro a Uber porque tem uma demanda grande. Além disso, foi a pioneira e as pessoas estão habituadas a ele; usam por costume".

Usuários  É o caso da publicitária Ive Deonísio, 31. Ela tem carro, mas, aos fins de semana, se vai beber ou se vai a algum lugar difícil de estacionar, costuma recorrer à Uber. Apesar de preferir a empresa norte-americana, Ive também usa a 99 Pop. “Tenho vários aplicativos porque é importante comparar preços”, explica. 

Ela acredita que a 99 tenha preços mais em conta, mas os carros demoram de chegar. Diz que não é incomum que motoristas cancelem a corrida. Além disso, ela acha que os carros são mais velhos que os dos motoristas de Uber. O 99 Pop exige, para Salvador, um veículo fabricado a partir de 2007; o Uber, 2008 (assim como o Itmov) e o Yet Go, 2010.

Mesmo assim, ela não dispensa fazer cotações com os dois – especialmente porque a Uber tem tarifas dinâmicas (quando há menos motoristas disponíveis ou muita demanda, os preços sobem).“No São João, eu estava em um bar longe do Caminho das Árvores, onde eu moro. O 99 estava dando R$ 17, 18 e o Uber quase R$ 40. É uma diferença muito grande”, afirma Ive.  Para a estudante Jaqueline Moura, 20, o fator decisivo para a escolha de aplicativos é o preço. “Na época que eu usava o 99Pop foi logo quando lançou. Com as promoções, acabou sendo mais barato. Depois, os preços ficaram parecidos com o Uber e troquei de aplicativo”.  

Ela diz não ter medo de usar o serviço, mas, para a publicitária Paula Dultra, segurança é uma grande preocupação. “A gente está sempre receosa por conta da segurança e o tratamento nem sempre é bom. Mulher sozinha com homem no carro nunca é bom, por isso, sento no banco de trás”, admite. 

Concorrência Para o presidente do Simactter, Átila Santana, a chega de novos aplicativos é mais do que bem-vinda. Segundo ele, muitos dos motoristas, hoje, trabalham usando mais de um app.“Isso é muito bom porque descentraliza o poder das mãos da maior, que é a Uber. Ela é importante porque é a pioneira e abriu um leque para a renda de pessoas que estão na crise do país, mas começou a agir de forma arbitrária, bloqueando trabalhadores sem aviso prévio”, critica. O próprio Átila dirige pelo 99POP, pela 4Mov, que chegou a Salvador em maio, e pela Yetgo, que opera na cidade desde o início do mês. Para ele, a vantagem que a Uber ainda oferece aos motoristas é o fato de ser a maior, enquanto os outros ainda precisam ganhar mercado. Mesmo assim, ele acredita que essa vantagem não seja mais suficiente. 

Ele diz que a Uber ‘está estagnada’ – depois de criar o modelo, não teria inovado mais. A maior crítica dos motoristas com relação à empresa, na verdade, é o percentual de cobrança. Entre as concorrentes, ela é a que fica com o maior valor: 25% do preço da corrida. Os 75% que sobram vão para os condutores. 

A 99POP cobra um percentual menor: 12,99%. No entanto, ele critica a falta de segurança; diz que houve muitos crimes com motoristas da plataforma. No 4Move, a renda dos motoristas varia de acordo com o retorno dos usuários: quem ganhou nota mínima fica com 81% do valor da corrida, enquanto a nota máxima rende 85% do total. 

No caso dos usuários, o app permite o pagamento das corridas através de bônus e pontos conquistados no próprio software. Quando um amigo que é indicado pelo usuário usa a plataforma, é possível receber até 5%. Por essas vantagens com o cashback (quando o usuário ganha parte do dinheiro de volta), o empresário Hudson Costa, 33, trocou a Uber e a 99POP pela 4Move. 

"É bem mais vantajoso. Todo mundo ganha, tanto o motorista que quer divulgar quanto os passageiros", conta ele, que descobriu o aplicativo em fevereiro, em uma viagem ao Espírito Santo. Por isso, migrou para o 4Move assim que começou a operação em Salvador. 

Mesmo com preços um pouco mais altos e a demora para encontrar motoristas, Hudson prefere o app da 4Move. "Hoje corro de graça por conta do cashback. Acho a concorrência (entre os aplicativos) boa para o mercado porque gera vantagens para os usuários”, comemora. 

O mais recente Esperançosos, muitos motoristas têm apostado na Yetgo. No primeiro mês, o motorista não paga nenhuma taxa. No segundo, paga R$ 150. Já a partir do terceiro, fica o valor fixo de R$ 300. “O motorista que faz R$ 4 mil com a Uber deixa lá mil reais. Quando você paga o desgaste do pneu, combustível, o que sobra é pouco”, opina o presidente do sindicato, Átila Santana. 

Na Yetgo, é possível solicitar motoristas mulheres e o transporte de pets. Fundado em Belém, em novembro de 2016, o Yetgo começou a operar em outras capitais em janeiro do ano passado. Desde a semana passada, quando foi lançado por aqui, tem cerca de 3,5 mil motoristas cadastrados. 

O novo serviço não cobra a tarifa dinâmica, mas não informa qual a base de preços. A Uber cobra R$ 6 pelo pedido, R$ 0,20 por minuto e R$ 1,21 por quilômetro. Um dos sócios da Yet Go, André Badaró diz há também a possibilidade de pedir carro blindado, além das categorias comum ou luxo. Não será cobrada taxa de cancelamento, ao contrário da Uber, uma vez que o motorista pode cobrar R$ 6 do cliente caso o pedido seja cancelado. "Em breve, alguns carros devem ter câmera de monitoramento", adianta André. 

A terapeuta holística Ideli La Costa, 69, é uma das usuárias da Uber que já experimentou o Yet Go. Em pouco mais de uma semana, já fez três viagens – e pretende continuar utilizando o serviço. Soube do novo aplicativo com uma amiga, que chamou o carro na primeira viagem que fez. Natural de São Paulo, ela costumava usar o aplicativo da Uber na capital paulista e diz que sentiu diferença com o serviço aqui. 

“Por isso, fiquei maravilhada com a qualidade do carro na Yet Go e o perfil do motorista. Fiz uma comparação com o Uber de São Paulo, porque tive péssimas experiências com a Uber aqui, sem querer falar mal da empresa. Se a Yet Go permanecer assim como está nesse início, serei usuária somente dela”, diz. 

Numa viagem da Federação à Pituba, onde trabalha, ela costuma pagar entre R$ 17 e R$ 18 em um Uber. Quando fez o percurso com a Yet Go, diz que ficou por R$ 12,80. “Não foi uma diferença muito grande, mas qualquer centavinho que fica na bolsa esses dias a gente valoriza”, diz. 

Ela só não está tão habituada à aparência da plataforma ainda. Acostumada ao visual do aplicativo da Uber, Ideli teve um pouco de dificuldade para lidar com o novo app. No fim, porém, conseguiu pedir a corrida.“Não sou muito jovenzinha para acertar rapidinho, mas em menos de 15 minutos eu consegui resolver meu problema sozinha”. Para mulheres Já a Partiu Rosa, que começou as atividades no mês passado, foi fundada por quatro sócias baianas. A ideia é oferecer segurança para usuárias e motoristas mulheres – o serviço é exclusivo para elas. Segundo a sócia-diretora da empresa, Maria Vilma Correia, já são mais de quatro mil usuárias, além de 400 motoristas cadastradas. Segundo estimativas do Simactter, dos 25 mil motoristas por aplicativo em Salvador, três mil são mulheres. 

A taxa cobrada das motoristas é de 18% - no entanto, como estão em um período de adaptação, o percentual tem sido de 10%. “A vantagem é ser um aplicativo baiano. A sede é aqui e estamos disponíveis para receber essas motoristas a qualquer hora que elas precisarem de ajuda. Fazemos reuniões para tirar dúvidas, capacitação. Fora que temos convênios com salão de beleza e com empresas de lava-jato. São essas coisinhas que as mulheres gostam: o carro sempre limpo e ela sempre bonita”, explica Vilma. 

A empresa fez um estudo de mercado durante nove meses. Elas sabem que ainda são poucas as mulheres motoristas, mas reforçam que a população de Salvador tem pouco mais da metade de mulheres – todas potenciais clientes ou motoristas.“Essas mulheres têm que ir buscar a fatia delas, porque elas têm muito dinheiro a ganhar”, defende Maria Vilma. A publicitária Bianca Cenatti, 34, descobriu a Partiu Rosa há algumas semanas.  Para ela, o melhor de tudo é a sensação de se sentir mais segura com mulheres – principalmente se estiver saindo à noite. “Achei fantástica a proposta, além de incentivar as mulheres. Eu sou bem feminista então isso é muito importante”, diz. 

A motorista, contudo, demorou cerca de 20 minutos para chegar. Já no carro, ela explicou: estão no início da operação, ainda com poucas cadastradas. “O serviço foi excelente. Conversei bastante com a motorista, foi bem uma conversa de mulher para mulher. Falamos sobre essa segurança que a gente vai ter agora. Fiquei super feliz com essa iniciativa”. 

As vantagens e as desvantagens de cada um 

Uber  Vantagens - Foi a primeira e ainda é a mais conhecida por ter criado o modelo - Tem o maior número de usuários e o maior número de motoristas  - Menor tempo de esperaDesvantagens - Tarifa dinâmica  - Usuários relatam que o serviço ‘caiu’ muito – há, inclusive, depoimentos de assédio - Taxa mais alta de cobrança para os motoristas (25% do valor da corrida)

99POP  - Preços mais baixos para os usuários  - Taxa de cobrança para os motoristas mais baixa que a Uber (12,99%) - O motorista não precisa ter uma conta no banco; pode receber os pagamentos direto no Cartão99Desvantagens  - Carros mais velhos (é a que aceita veículos com maior tempo de uso – de 2007 para cá) - Demora para conseguir uma corrida  - Motoristas relatam falta de segurança (cadastro de usuários só exige CPF)

Yet Go  Vantagens  - Possibilidade de chamar carros blindados, motoristas mulheres e transportar pets - Valor fixo mensal de R$ 300 para motoristas - Prometem tarifas mais baixas para usuários Desvantagens  - Ainda é pouco conhecido - usuários mais velhos não têm familiaridade com a interface - Poucos usuários  - Ainda não tem muitos motoristas cadastrados 

4Move  Vantagens  - O sistema de pontos acumulados faz com que viagens possam sair até de graça - Taxa para motoristas varia de 15% a 19% - quanto mais bem avaliado, menos ele paga à empresa - Usuários com muitos pontos podem receber prêmios que vão de ingressos para cinema a viagens internacionaisDesvantagens - Pouco conhecido  - Nem todo mundo entende o sistema de cashback ainda - Tempo de espera maior por ter menos motoristas 

Partiu Rosa  Vantagens  - Mais segurança para usuárias e para motoristas mulheres (há relatos de assédio nas duas situações)  - Taxa para motoristas é de 18% (nessa primeira etapa, é de 10%) - Convênios com salões de beleza e empresas de lava-jatoDesvantagens  - Ainda é pouco conhecido  - Com poucas motoristas, o tempo de espera é maior  - Usuárias que chamarem o aplicativo só podem estar acompanhadas de homens em duas condições: adolescentes até 14 anos ou idosos (a menos que a motorista do carro autorize)

Itmov (ainda não está em operação; informações baseadas no site da empresa) Vantagens  - Taxa de cobrança de motoristas fica entre 15% e 19% - Motoristas que indicam motoristas ganham pontosDesvantagens - Não há informações disponíveis sobre como vai funcionar para passageiros  - Ainda não está em operação

Trocar o carro pelo aplicativo em definitivo só vale a pena em alguns casos, diz especialista Com a popularidade de aplicativos de transporte coletivo, mais pessoas estão optando por deixar de lado o veículo próprio. O educador de trânsito Rodrigo Ramalho acredita que apesar do custo de manter um veículo ser alto, o transporte exclusivamente via aplicativos como o Uber só vale a pena em poucos casos. “Vai variar da pessoa e quanto ela precisa se locomover”, pondera.

Rodrigo estima que o valor médio de manter um veículo próprio varia de R$ 800 a  R$ 2 mil por mês. Este cálculo leva em consideração gastos fixos como o IPVA, licenciamento e seguro, mas pode variar com o quanto de gasolina for utilizado, com o valor do próprio carro e com a necessidade de lavagem, manutenção e aluguel de uma garagem para quem não tem espaço. Para quem paga prestação, o valor pode ser ainda maior. 

O custo do uso diário do serviço de transporte por aplicativo pode certamente ultrapassar a média estimada por Rodrigo para manter um veículo próprio. Outros fatores, segundo ele, levam pessoas a preferirem o transporte individual. “A cultura do baiano de ter o próprio veículo é forte em Salvador”, diz Rodrigo. Além disso ele pontua o conforto e segurança como motivos para arcar com os custos de ter um carro. 

O educador de trânsito considera o uso exclusivo dos aplicativos uma vantagem para pessoas que moram em bairros como a Barra e Pituba.“De bicicleta e a pé, você tem tudo (nesses bairros). Trabalhar em casa também é fundamental”. O uso do transporte público também é uma opção para quem sai pouco de casa e quer economizar dinheiro.

Em relação a chegada de novos aplicativos no mercado, Rodrigo acredita que a competição com a Uber só será possível com a inovação. “Acho que a Uber vai continuar dominando por causa da credibilidade da marca”, opina. No entanto, ele reconhece que vantagens oferecidas pelo 4Move e Partiu Rosa poderão incomodar o pioneiro do mercado se usuários identificarem nesse diferencial necessidades reais para segurança e conforto. 

O posicionamento da Uber sobre as críticasTarifa dinâmica O preço dinâmico é aplicado quando a demanda por viagens aumenta, para incentivar que mais motoristas se conectem ao aplicativo e assim os usuários tenham um carro sempre que precisar. Quando a oferta sobe, os preços rapidamente voltam ao normal. Sem o preço dinâmico, haverá momentos em que o usuário simplesmente não conseguirá ter um carro - parte fundamental da experiência da Uber é oferecer transporte confiável, ou seja, sempre ser possível conseguir um carro, não importa o horário ou a situação.

O mecanismo do Preço Dinâmico ajuda a equilibrar a oferta e a demanda, pois incentiva os motoristas a estarem disponíveis, por exemplo, após o fechamento de bares no sábado a noite ou durante uma tarde chuvosa. Assim, nossos usuários podem confiar que não ficarão na mão.

Sempre informamos os usuários com antecedência sobre os preços de cada viagem, inclusive quando opreço dinâmico está vigente.Posicionamento sobre preço flexível Em 2016, a Uber adotou no Brasil o modelo de preço antecipado, em que o valor exato de cada viagem aparece para o usuário antes mesmo dela acontecer. O objetivo da novidade foi deixar de lado as estimativas e aumentar a previsibilidade do aplicativo – o usuário paga o preço que vê no celular para o destino escolhido, sem surpresas no final.

Depois de lançar a novidade para os usuários, agora trazemos esta mesma certeza também para os motoristas parceiros – a partir desta semana, o valor pago pelos passageiros aos motoristas ao final de cada viagem vai levar em conta o tempo e a distância efetivamente realizados, ajustando-se automaticamente pelo sistema independente de variações em relação à estimativa.

Ou seja, se o preço antecipado considerou 5 km e 15 minutos, mas no final a viagem teve 5,5 km e 20 minutos, o motorista vai receber pelos 5,5 km e 20 minutos. Por outro lado, se a viagem tiver 4,5 km e 12 minutos, o motorista vai receber por esse tempo e distância realizados. Além disso, continuam compondo o ganho do motorista o preço mínimo da viagem e, quando for o caso, o multiplicador de preço dinâmico.

Para os usuários, não haverá mudança. O preço continua definido antes da viagem, sem surpresas. Para equilibrar as variações entre o preço definido ao usuário e o valor pago por este aos motoristas parceiros, a Uber vai acabar com a sua taxa fixa de 25% no uberX e demais categorias e de 20% no UberBLACK.

A partir de agora, a taxa de serviço paga pelos motoristas parceiros à Uber passa a ser variável, calculada a cada viagem. Independente desta variação maior ou menor, o ganho líquido do motorista parceiro não será alterado. Com a mudança, a Uber terá flexibilidade para compensar diferenças de estimativas aos usuários, garantir estabilidade e transparência nos valores recebidos pelos motoristas e responder com mais agilidade à realidade das cidades brasileiras.

O aplicativo dos motoristas também será atualizado para aumentar a transparência e mostrar mais detalhes financeiros de cada viagem, com destaque para os ganhos líquidos, ou seja, o que efetivamente vai para o bolso.

“Ouvimos nossos motoristas parceiros e, então, trouxemos esta novidade, que faz parte de um conjunto maior de iniciativas para aumentar os ganhos de quem escolhe dirigir com nosso aplicativo, como a opção de gorjeta, que lançamos recentemente”, afirma Guilherme Telles, Diretor Geral da Uber no Brasil.

O posicionamento da 99 sobre as críticasFrota com carros mais velhos (é a que aceita veículos com maior tempo de uso – de 2007 para cá)  Os motoristas parceiros tendem a ser os mesmos e atendem a diversos aplicativos, contudo de acordo com nossa crença na importância da inclusão e da geração de renda para milhares de famílias baianas aceitamos carros a partir do ano de 2007 (concorrentes aceitam a partir de 2008). Para ajudar os motoristas parceiros a manterem a manutenção de seus carros e diminuir seus custos operacionais temos uma série de parcerias, como a Umec, que oferece 15% de desconto para compra online de qualquer peça automotiva. Ou a da Dellavia, que oferece na rede de oficinas para os motoristas 99 duas vantagens: 25% de desconto em pneus nacionais e 15% de desconto em serviços e demais produtos.Tempo demora para conseguir uma corrida A 99 iniciou suas operações em Salvador há relativamente pouco tempo (menos de um ano) e a cada dia tem aumentado o número de motoristas para garantir níveis de serviço satisfatórios. Especialmente ao longo dos últimos 2 meses houve um aumento vertiginoso. Para garantir que oferecemos melhores condições a nossos motoristas parceiros e nos tornarmos uma opção ainda mais atrativa, recentemente diminuímos a taxa cobrada pelo motorista para 12,99% (era 19,99%- a concorrência cobra cerca de 25%)Temos, ainda, uma série de vantagens para os passageiros, como um preço mais acessível. Para verificar está vantagem convidamos os passageiros a compararem os valores de trajetos entre os aplicativos que operam hoje em Salvador. Além de uma serie de medidas de segurança  dentre outras vantagens.Segurança - motoristas relatam falta de segurança (cadastro de usuários só exige CPF) A 99 é uma empresa genuinamente preocupada com a segurança de seus passageiros e motoristas. O assunto é prioridade máxima do aplicativo, e um de seus três pilares fundamentais (promover transporte rápido, econômico e seguro). Para garantir que o serviço seja seguro, a 99 montou uma equipe especialmente dedicada a isso, composta por mais de 30 pessoas incluindo ex-militares, engenheiros de dados e até psicólogos. O time trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, cuidando exclusivamente da proteção dos usuários. 

Usamos tecnologia de ponta para focar especialmente em prevenção. Conheça algumas das funcionalidades desenvolvidas: > A 99 possui inteligência artificial que monitora o perfil de todas as corridas em tempo real. O sistema identifica situações de risco e bloqueia o acesso à plataforma, prevendo incidentes antes que eles aconteçam. > O aplicativo faz um mapeamento de áreas de risco e envia aos motoristas notificações sobre essas zonas. O levantamento envolve estatísticas internas da empresa e dados externos das Secretarias de Segurança Pública. > O app disponibiliza um canal de atendimento exclusivo para incidentes de segurança no 0800-888-8999. A assistência oferece auxílio imediato - que pode incluir o envio de um carro em ocorrências em que o veículo tenha sido levado, por exemplo. > A análise de perfil dos motoristas verifica o histórico público dos condutores, a partir de documentos como RG, CNH e licenciamento. A 99 possui ainda uma parceria com o Denatran, que permite acessar automaticamente informações sobre carro e motorista. > O aplicativo pede que todos os passageiros coloquem CPF ou cartão de crédito antes da primeira corrida. > Os motoristas podem optar por não receber pagamento em dinheiro. A empresa acredita que é importante dar essa liberdade aos parceiros para que eles tomem a melhor decisão baseados nos próprios contexto e experiência. > Todos os usuários estão protegidos em suas corridas realizadas pela 99. Desde o aceite até a finalização das corridas, passageiros e motoristas são cobertos por um seguro contra acidentes pessoais de até R$ 100 mil. > O app realiza rodadas de treinamento para condutores, em que apresenta um curso especial com dicas práticas de proteção e orientações sobre o combate ao assédio, desrespeito e discriminação.

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier e da editora Mariana Rios