Salvador anuncia plano para uma cidade resiliente

Evento foi realizado nesta terça(26) e também serviu para empossar novo Conselho Municipal

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 26 de março de 2019 às 22:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho

Quando Salvador completar 500 anos, em 2049, os filhos e netos da atual geração de soteropolitanos deverão encontrar uma cidade reconhecida pelo rico patrimônio humano e cultural, aberta ao mar e ao mundo. Uma capital com múltiplas identidades, criatividade e inovação, onde o desenvolvimento sustentável e tecnológico seja capaz de promover a resiliência, a inclusão e integração das pessoas.

Com esse propósito, foi apresentado, no início da noite desta terça(26), no Forte de São Diogo, o Plano Salvador Resiliente. A proposta está pautada em cinco pilares: Cultura e Múltiplas Identidades, Comunidade Saudável e Engajada, Economia Diversificada e Inclusiva, Cidade Informada e Governança Inovadora, Transformação Urbana Sustentável.

De acordo com o prefeito ACM Neto, quando as negociações com a direção das 100 Cidades Resilientes da Fundação Rockefeller tiveram início, havia uma desconfiança e um receio de que todos os esforços e o trabalho, iniciados em 2017, terminassem resultando apenas num documento. “Hoje, temos o prazer de apresentar um plano que contempla ações efetivas e consistentes, a curto, médio e longo prazo, um planejamento para o futuro, que possibilitará uma Salvador melhor para as futuras gerações”, disse Neto. 

Ele também anunciou que, além do Plano Diretor da Cidade, o Plano de Mobilidade e o de Resiliência, a capital baiana apresentará, até o final deste ano, o Plano de Saneamento da cidade. 

Ação imediata Três desses planos imediatos foi apresentado pela diretora de Resiliência de Salvador, Adriana Campelo. O primeiro foi apresentado na última segunda e diz respeito a um edital para incentivar a economia circular. O segundo será lançado nessa quarta(27) e se refere a um guia de design urbano para favorecer crianças de até 3 anos que morem em comunidades vulneráveis. Esse projeto está sendo desenvolvido em parceria com as cidades de Nairóbi (Quênia) e Beirute(Líbano). O terceiro melhora a acessibilidade da população residente na área da Polêmica ao BRT.

“Chegamos a coletar 317 iniciativas e usamos os 17 ODS para selecionar 60 ações”, esclareceu Adriana. A diretora de Resiliência fez questão de ressaltar que essas ações contaram com a participação de diversos setores da sociedade civil organizada e de parceiros importantes, tanto a nível nacional quanto internacional.

A vice prefeita de Atenas, Myrivili Eleni, esteve presente ao evento e se disse honrada em representar a abertura de Salvador para o mundo e a construção de um novo modelo de cidade resiliente. “É muito comovente acompanhar o belo trabalho realizado em Salvador pela equipe do prefeito ACM Neto e por todas essas pessoas que acreditam e defendem a construção de um mundo melhor para as próximas gerações”, pontuou. 

Troca de presentes O diretor das 100 Cidades Resilientes para América Latina e Caribe, Eugene Zapata, trouxe um presente para Salvador: uma caixinha de madeira feita por uma comunidade nativa do México e que exala o cheiro da boa sorte e da fortuna. “Estamos em festa por essa conquista da sociedade soteropolitana  e queremos ver a primeira capital do Brasil dar exemplo como cidade resiliente”, festejou. Em troca, o diretor foi presenteado com livro de imagens aéreas da capital baiana. Salvador - na figura do Prefeito ACM Neto - foi presenteada com uma caixinha , cuja madeira exala um cheiro identificado com a fortuna e a boa sorte (Foto: Arisson Marinho) O evento serviu também para empossar os membros do Conselho Municipal de Resiliência que passa a atuar a partir de agora e tem como presidente o secretário André Fraga, que coordena o projeto por meio da Secretaria da Cidade Sustentável, Inovação e Resiliência. Esteve presente também o diretor da Fundacion Avina, Pablo Vagliente.