Salvador é município com maior porcentagem de negros do Brasil

Negros e pardos são maioria em 56,8% dos municípios, mostra estudo

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  • Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 13:56

- Atualizado há um ano

Da redação

O  Mapa da População Preta & Parda no Brasil,  divulgado nesta segunda-feira (14), trouxe um novo dado sobre a realidade dos municípios brasileiros: 56,8% dos domicílios possuem maioria de pretos e pardos.

Quando se considera apenas a quantidade de negros, a capital baiana lidera o ranking com 743,7 mil, seguida de São Paulo (736 mil) e do Rio (724 mil).  Cunhataí, em Santa Catarina, foi a única cidade sem a presença de pessoas que se declararam pretas.

De acordo com o estudo, realizado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), houve um crescimento de 7,6 pontos percentuais entre 2000 e 2010.São Paulo é a cidade com maior número de pretos e pardos em todo o país, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões) e Salvador (cerca de 2,7 milhões).Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. No Norte e no Nordeste, respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%. O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período.Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.

“Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta", declarou o coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão.*Com Informações da Agência Brasil