Salvador ganha primeiro Polo de Simulação Realística médica em universidade do Norte e Nordeste

FTC investe em capacitação de professores e em aquisição de equipamentos

Um grupo de médicos se reúne em uma UTI hospitalar para debater um caso difícil. Um idoso chega com quadro de infarto, tem uma parada cardiorrespiratória e é preciso fazer um procedimento de ressuscitação. O momento é delicado e pede precisão nos procedimentos. Os familiares acompanham o andamento do atendimento do paciente.

O caso clínico acima, felizmente, foi apenas uma das simulações vivenciadas pelo médico Alexis Guedes, professor da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), durante um treinamento de simulação realística que aconteceu no mês passado, em São Paulo, com o Instituto IBKL - pioneiro no país neste tipo de tecnologia.“Como as situações são extremamente reais, você consegue fazer link com sua prática ligada à emergência. São casos muito semelhantes, cuidadosamente preparados, até com a dosagem de medicamentos igualmente administrados na realidade. Muitas vezes, a sensação é bastante intensa. Um dia inteiro de curso, na sequência, é como trabalhar em um plantão daqueles! Bem puxado!”, (Alexis Guedes)Com mais de 16 anos de experiência na vida acadêmica, Alexis Guedes recebeu a capacitação para que, junto com outros colegas professores, possa implementar na FTC um dos polos mais modernos de simulação realística em instituições de ensino do Norte e Nordeste. Dentro da unidade de Salvador, estão sendo criados centros intensivos, com completa infraestrutura tecnológica. Professor Alexis Guedes participou da capacitação realizada pelo IBKL para utilização dos simuladores realísticos e atuará como multiplicador para os demais docentes (Fotos: Divulgação) Referência Para o próximo semestre, os alunos já terão aulas nos quatro novos laboratórios, que estarão equipados com manequins de corpo inteiro, sendo um deles de uma grávida, e mais alguns outros robôs que simulam dezenas de partes do corpo humano, como cabeça, tórax e pescoço.

A intensidade do processo representa situações corriqueiras em hospitais brasileiros. Os bonecos robotizados são capazes de simular respiração, batimentos cardíacos e até responder a estímulos de medicamentos. Em determinadas práticas, atores serão utilizados para simular o acompanhamento de parentes destas vítimas.

.diviframe {width:100%; height:290px; background-color: #f5f5f5;; margin-bottom: 20px;} .content {width:300px !important; height:250px; margin: 0 auto;} .banner {width:300px !important; height:250px; border:0;margin-top:20px;} “O curso tem um modelo estruturado para que os alunos tenham a vivência do processo, com situações de salas de emergência e UTI, com situações técnicas e emocionais. Eles podem vivenciar cenários, onde eles só teriam acesso se estivessem trabalhando em uma situação grave em grandes hospitais”, destaca Alexis Guedes.

Com investimento em infraestrutura e capacitação de professores, a FTC será referência na graduação de novos médicos e, também, espaço de contínuo aprendizado de profissionais que já atuam na área.

“Vamos capacitar mais professores para que eles possam replicar o conhecimento. Nossos laboratórios vão se tornar referência na Bahia para pessoas de fora que queiram vir aqui na FTC para se capacitar, como professores de outras universidades e médicos de outras instituições. Vamos proporcionar que essas pessoas façam os cursos de capacitação e ganhem certificados para atuar com simulação realísticas, dentro dos conceitos de ACLS e ATLS, todos com a chancela da nossa nova parceira American Heart Association (AHA)”, destaca o coordenador geral do curso de medicina da FTC, André Nazar. Estrutura do curso será montada para que os alunos tenham a vivência do processo, com situações de salas de emergência e UTI  Educação Humanizada Hoje, o curso de medicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências tem um corpo docente composto em sua maioria por mestres e doutores. “A gente preza muito pela qualificação dos nossos docentes e investimos também na contínua capacitação deles. Isso tudo é fundamental na nossa forma de gerir e, também, de pensar melhorias para a educação médica do Brasil”, garante André Nazar.

Para garantir uma gestão mais humanizada e próxima às necessidades dos alunos, uma grande estrutura é mantida pela instituição. “Além de mim, o curso tem ainda outros três coordenadores. Todos com Know how de mercado, que entendem muito sobre medicina, com formação acadêmica larga e experiência em diversas universidades, inclusive fora do país”, assegura André Nazar.

Existem, ainda, os coordenadores de grandes áreas. “Toda semana a gente se reúne para pensar o curso, as inovações, ver o que está bom e reajustar o que não está tão bom. A gente pensa coletivamente. Temos uma gestão acadêmica de porta abertas”, explica o coordenador. Projeto do laboratório de UTI O reflexo deste modelo de gestão é o retorno positivo dos alunos. “Os professores nos dão bastante direcionamento, principalmente no campo da prática, que acontece sempre ao mesmo tempo da teoria. Tem alguém que nos mostra o caminho e vai nos guiando”, relata a estudante do 8º semestre de medicina da FTC, Ana Beatriz de Andrade Carvalho.

Foi por incentivo de professores, inclusive, que Ana Beatriz passou a integrar uma liga acadêmica de infectologia e epidemiologia da faculdade e, a partir dela, teve a oportunidade de estagiar por oito meses no Hospital Couto Maia, referência na área. “Acompanhar os professores foi muito bom. Fui me apaixonando pela área e penso em fazer residência em infectologia”, conta a estudante.

Além das ligas, que funcionam como grupos de estudo, um novo núcleo está sendo criado no próximo semestre para estimular a iniciação científica. Além dos estágios obrigatórios, os alunos terão a oportunidade de se candidatar a bolsas de iniciação científica sob a coordenação do médico Bruno Bezerril - profissional vinculado a diversas instituições americanas.

Novas matrículas Esta preocupação constante com a capacitação do corpo docente e com a melhoria da infraestrutura dos centros de aulas já rendeu à instituição importantes avaliações do Ministério da Educação (MEC). Hoje, a FTC tem um dos cursos de Medicina mais bem avaliados do país, com Conceito Preliminar de Curso (CPC) igual a 4 – em uma escala de avaliação que vai de 1 a 5 –, garantindo a concessão da ampliação das suas vagas. Por conta da boa avaliação do MEC, o curso teve autorização para ampliar oferta de novas vagas.

Algumas das opções para ingressar no curso de Medicina da FTC são vestibular tradicional e o uso da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além das vagas com mensalidades no valor integral, a FTC tem parceria com os programas PROUNI e FIES, este último com inscrições abertas até o próximo domingo (22), através do link fies.mec.gov.br, válido também para os outros 29 cursos ofertados pela Instituição.