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Salvador sediará o Campeonato Mundial de Vela Jovem em dezembro


 

Evento é um dos mais importantes do esporte em 2020 e já foi vencido por Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze

  • Giuliana Mancini

Publicado em 30/01/2020 às 19:00:00
Atualizado em 20/04/2023 às 18:59:04
. Crédito: Foto: Szymon Sikora/World Sailing

As águas de Salvador vão receber, entre os dias 12 e 19 de dezembro, o Campeonato Mundial de Vela Jovem. Realizado na praia de Inema, na Base Naval de Aratu, o torneio receberá 270 barcos, pilotados por 450 atletas de mais de 70 países. O evento é considerado o 2º mais importante da vela em 2020 - ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos, em Tóquio.

A edição em Salvador marcará o 50º ano da competição. Ela é disputada em 5 categorias: RS:X, Laser, 420 e 29ER (todos masculino e feminino) e Nacra15 (grupos mistos). Cada nação pode ter apenas uma equipe em cada modalidade - somando, no máximo, 9 representantes. 

O evento é conhecido por revelar futuros atletas olímpicos, já tendo sido vencido por Robert Scheidt (cinco vezes medalhista dos Jogos), em 1991, e Martine Grael e Kahena Kunze (dupla ouro na Rio-2016), em 2009. Por isso, é bom ficar de olho: espera-se que do Mundial saiam velejadores que estarão em Paris-2024. 

Uma reunião na sede da Rede Bahia, nesta quinta-feira (30), firmou a parceria da empresa com o evento, que será realizado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Federação de Esportes Náuticos do Estado da Bahia (Feneb) e World Sailing (a Federação Internacional de Vela) e tem o apoio da Prefeitura de Salvador, do Governo da Bahia e da Marinha do Brasil. "A Rede Bahia sempre apoiou eventos desse tipo. Ainda mais um Mundial como este, que é importantíssimo para Salvador. Projeta a cidade para o mundo. E nossa participação ajuda a promover o torneio de grande importância para este esporte, que é olímpico", comemorou Antonio Carlos Júnior, presidente da Rede Bahia. Reunião firmou parceria da Rede Bahia com o Mundial de Vela Jovem (Foto: Betto Jr./CORREIO) Walter Böddener, gerente técnico da Confederação Brasileira de Vela, comemorou a escolha por Inema na edição de 2020."Salvador tem um vento muito bom, ainda mais nessa época do ano, com uma água muito limpa. A expectativa é de termos regatas excelentes".

Para Daniel Smith, diretor de comunicações e digital da World Sailing, o Mundial poderá render muitos frutos a Salvador."Durante os dias de competição, a capital baiana virará a capital da vida marítima. É uma plataforma muito boa para o turismo - e para trazer mais eventos de todos os tipos. Vi isso em Auckland (Nova Zelândia), que recebeu o Mundial em 2016 e, desde então, passou a ser sede de mais torneios. Mais de 70 nações estarão aqui, dando valor a essa cidade que é brilhante para a navegação. Temos um alcance de mídia enorme. No Facebook, tivemos 3 milhões de pessoas engajadas - são aquelas que comentam, curtem, interagem de alguma forma. Existe um apetite. Ano que vem, essas pessoas irão voltar não para competir, mas para turistar. Eu voltarei", garante o inglês. Já Márcio Cruz, presidente da Federação de Esportes Náuticos do Estado da Bahia (Feneb), percebe também a vantagem na disseminação do esporte. "Jovens que gostam da vela irão se interessar. E quem não conhece terá esse contato".

Para decidir os representantes do Brasil no campeonato, está sendo disputada, até o próximo sábado (1º), a Copa da Juventude 2020, que serve como seletiva. Entre os participantes, destacam-se os baianos Bernardo Peixoto, da 420 (que participou do Mundial em 2019, na Polônia) e Bárbara Pedregal, da RS:X.