Seleção encara a Bélgica em busca de vaga na semifinal

Jogo entre dois dos melhores times da Copa acontece às 15h, em Kazan

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  • Bruno Queiroz

Publicado em 6 de julho de 2018 às 05:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nelson Almeida / AFP

Quatro jogos já se passaram e a contagem, mais do que nunca, é regressiva. O caminho para o hexa está sendo trilhado e há ainda três barreiras pela frente. A próxima, em teoria, é mais difícil que as quatro anteriores que o Brasil já superou nesta Copa do Mundo. O confronto diante da Bélgica, nesta sexta (6) às 15h, em Kazan, vale vaga na semifinal.

Ainda que seja questionada por alguns pela ausência de grandes resultados nos principais torneios, a geração belga é uma das sensações do Mundial: dona do melhor ataque com 12 gols e, assim como o Uruguai, venceu todas as quatro partidas que disputou até então.

Mérito de lá, mérito de cá. Não costuma ser uma virtude associada à camisa amarela, mas a Seleção Brasileira tem a melhor defesa da Copa. Apenas um gol sofrido, logo na estreia, no 1x1 com a Suíça. Só o Uruguai iguala a marca.

Por isso e pela característica ofensiva das equipes, o técnico Tite aposta no que ele chamou de “grande jogo” hoje. “O poder criativo da Bélgica é muito forte, a qualidade. São duas equipes que primam por um futebol bonito, cada uma com suas características. A Bélgica tem valores individuais de qualidade, um grande técnico, uma grande campanha. Vai ser um grande jogo”, aposta Tite.

O fato é que passar pela Bélgica aumentará ainda mais a confiança da Seleção para semifinal e uma possível decisão. Depois do empate na estreia, o Brasil venceu Costa Rica, Sérvia e México, todos por 2x0.

O time brasileiro vai ter duas mudanças em relação ao triunfo sobre os mexicanos. Aliás, apenas uma vez houve repetição da escalação na Copa, que foi nos jogos contra Costa Rica e Sérvia, na fase de grupos. No lugar de Casemiro, suspenso, Tite confirmou a entrada de Fernandinho, conforme era previsto.

A outra modificação é a volta de Marcelo, que saiu machucado no início da partida contra a Sérvia, com um espasmo na coluna, e desfalcou a equipe nas oitavas de final diante do México.

“Conversei com Marcelo e Filipe Luís. Marcelo saiu por um problema clínico e não voltou no jogo seguinte por um problema físico, só poderia jogar de 45 a 60 minutos. Filipe Luís jogou muito nos dois jogos, competem os dois, deixam a cabeça do homem um trevo. E por critério volta Marcelo”, confirmou o treinador, ontem.

Com exceção de Casemiro, todos os outros 22 jogadores estão à disposição para o jogo, inclusive o lateral-direito Danilo e o atacante Douglas Costa, ambos recuperados de suas respectivas lesões.

Tite quer magia

Até então, 18 dos 23 convocados já foram utilizados. Os únicos que não entraram em campo ainda foram os goleiros Ederson e Cássio, o zagueiro Geromel, o volante Fred e o atacante Taison.

No entanto, Tite quer todo o grupo preparado para uma necessidade. “Há duas semanas, eu falei para os atletas acreditarem na forma intensa de treinar. Quem entrou em campo e em algum momento ouviu falar que faltou ritmo? Nenhum. Então continuem com essa rotação porque precisamos da equipe toda. No aspecto mental, e estou sentindo agora: se me perguntarem o maior desafio de um Mundial, direi que (é) a capacidade mental”, avaliou.

Mesmo consciente da capacidade individual dos jogadores belgas, o comandante da Seleção garantiu que não vai privar o time daquilo que tem de melhor: o improviso. Para Tite, dar liberdade principalmente aos jogadores de frente é a fórmula do sucesso.

“Douglas, Neymar, Gabriel Jesus, Taison, Coutinho, Willian, todos eles têm característica marcante. O técnico trabalha para organizar sem bola, a construção e parte média, para no último terço termos essas diferentes formas e incentivar o drible, a finta, a magia, para podermos fazer gol”.

Se vencer, o Brasil pegará o vencedor de Uruguai x França, que também jogam nesta sexta-feira (6), às 11h, em Níjni Novgorod.