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Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2019 às 23:17
- Atualizado há 2 anos
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 9, requerimento para decretar luto oficial nos próximos três dias, no Congresso Nacional, por causa da morte do cantor e compositor João Gilberto, criador da Bossa Nova. Um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi aprovado simbolicamente no plenário. Ele destacou que o presidente Jair Bolsonaro não decretou luto oficial no País ao não fazer a solicitação ao presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP).>
O cantor baiano morreu no sábado, em seu apartamento no Rio de Janeiro, aos 88 anos. A Bahia e Juazeiro, cidade natal do artista, decretaram luto oficial.>
Vida pela música João Gilberto Prado Pereira de Oliveira nasceu em 10 de junho de 1931 em Juazeiro. Filho do comerciante Joviniano Domingos de Oliveira e de Martinha do Prado Pereira de Oliveira, ele viveu na cidade baiana até 1942, quando foi estudar em Aracaju. Voltou quatro anos depois. Desde pequeno, participava da banda da escola e tinha contato com música em casa. O pai tocava cavaquinho e saxofone. Na infância, ouviu muito Orlando Silva, Caymmi e Carmen Miranda.>
Ganhou do pai o primeiro violão, aos 14 anos. Na cidade natal, formou seu primeiro conjunto vocal, batizado de Enamorados do Ritmo. Em 1947, se mudou para Salvador, onde viveu por três anos e decidiu deixar os estudos para se dedicar totalmente à música. >
Em 1950, foi para o Rio de Janeiro ao receber um convite para participar do grupo vocal Garotos da Lua. O conjunto gravou dois discos de 78 rpm e ganhou destaques nas rádios locais. João deixou o grupo por conta de incompatibilidades e problemas com atrasos. Gravou em 1952 um disco solo para a gravadora Copacabana - sem violão. >
João concluiu em 1961 a trilogia considerada fundamental para a Bossa Nova: “Chega de saudade” (1959), “O amor, o sorriso e a flor” (1960) e “João Gilberto”. (Foto: Divulgação) O trabalho dele também foi objeto de briga na justiça. A defesa do cantor pedia uma revisão no valor de uma indenização da gravadora EMI Records, hoje controlada pela Universal Music. Em 2015, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a empresa de vender os discos do artista sem seu consentimento. A Universal não comenta o caso.>