Setor de Serviços cai 8,6% na Bahia

Retração estadual foi bem maior que a média nacional registrada pelo IBGE

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 11:14

- Atualizado há um ano

O Setor de Serviços, o que mais gera empregos em Salvador,  fechou o ano de 2016 com  com queda de 8,6% em relação a 2015. Um recuo bem maior que o registrado na média nacional, de 5,0%. Os números são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de dezembro de 2016 e foram  apresentados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Na passagem de novembro para dezembro, o volume do setor de serviços na Bahia teve queda de 3,9% na série com ajuste sazonal, após ter registrado três meses de variações positivas (setembro, com 0,9%; outubro, com 0,1%; e novembro, com 5,3%). Foi a maior queda entre os estados. Nessa mesma comparação, em nível nacional, o setor de serviços teve crescimento de 0,6%. Já no confronto com o mesmo mês do ano anterior, em dezembro de 2016, os serviços na Bahia tiveram queda de 8,3%, média também mais intensa que a nacional, que foi de 5,7%. Segundo a série do IBGE, neste tipo de confronto, o setor de serviços baiano vem caindo há 19 meses seguido, desde junho de 2015, quando o recuo foi de 3,7%.

De acordo com análise do IBGE, o resultado de 2016 aprofundou a retração do setor, que, na Bahia, já havia caído 6,0% em 2015 e teve no ano passado seu pior desempenho desde 2012, quando foi iniciada a série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE. Em 2016, todas as cinco atividades de serviços pesquisadas na Bahia registraram queda, com destaque para o grupo Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, que teve recuo de 14,4%, quase o dobro do visto em média para o país (-7,6%). 

Outra informação que chama a atenção na pesquisa é que, entre os estados brasileiros, a Bahia foi o que teve, em 2016, a maior queda no volume de serviços ligados à atividade do turismo:  -8,1%.  Nessa comparação, houve queda de 2,6% para a média nacional, e Pernambuco teve o destaque positivo, com um crescimento de 3,2%.