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Artista argentino adotou a Bahia como sua terra na década de 1960
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2021 às 10:30
- Atualizado há um ano
Mais de cem itens do acervo do artista plástico Reinaldo Eckenberger (1938-2018) estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (2) no site www.inventariodeumavida.com, que integra o projeto Onde está Eckenberger - Inventário de uma Vida.
No catálogo da plataforma, estão rascunhos, ferramentas, azulejos, obras inacabadas, os livros do artista, sua coleção de óculos e seus conhecidos bibelôs da Baixa dos Sapateiros, entre outras peças. Álbuns de família também estão disponíveis. É possível ainda fazer uma visita virtual ao ateliê do artista, que era instalado no Santo Antônio, no térreo do casarão onde ele viveu por mais de 50 anos, desde que o argentino se instalou na Bahia, nos anos 1960.
A coordenação do projeto é da artista visual Elena Landinez e da gestora cultural Luisa Hardman; a identidade visual e o site foram concebidos pela Tanto Criações Compartilhadas e o material audiovisual é produzido pela pesquisadora Agnes Cajaíba.
“O projeto é um convite a adentrar o mundo do artista Reinaldo Eckenberger como quem escava e encontra um amontoado de importâncias e desimportâncias - restos, rastros e retalhos de uma vida. É um convite às arqueologias da invenção, a partir de um acervo de miudezas e grandezas relacionadas ao seu ofício criativo, sua prática intelectual e seu universo pessoal”, afirma Luisa Hardman.
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Há alguns itens produzidos exclusivamente para o site, como um texto da artista plástica Laura Castro, sobre o inventário de Eckenberger. Há ainda vídeos que reúnem depoimentos de pessoas que conviveram com o artista, comoMarcela Antelo, psicanalista; Paulo Vaz, dono do Cafélier e amigo de Eckenberger; e Dimitri Ganzelevitch, produtor cultural e morador do Santo Antônio.
Eckenberger nasceu em 6 de novembro de 1938, em Buenos Aires. Estudou arquitetura e artes plásticas. Também cursou Cenografia no Teatro Colon, em Buenos Aires. Em 1965, chegou à Bahia, com um especial interesse pelo barroco, e decidiu morar em Salvador. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual, Luxo e Lixo, Lixo e Luxo (1966), em Salvador.