Terreiro celebra 14º aniversário de morte de mãe Nicinha em cerimônia

Azerir terá última noite no domingo (12) e será encerrado com missa na segunda (13)

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  • Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2008 às 12:50

- Atualizado há um ano

Será celebrada a última noite do Azerir neste domingo (12) em homenagem aos 14 anos da morte de mãe Nicinha, doné ou ialorixá do terreiro Zoogodô Bogum Malê Rundó, no Engenho Velho da Federação. O Azerir, como é chamada a cerimônia nas nações jeje do candomblé, é também conhecido como Axexê.

A cerimônia é uma homenagem aos mortos, ou oguns, e é celebrada durante sete noites, com realização de culto religioso e oferecimento de jantar onde é servido peixe branco. Mãe Nicinha morreu aos 83 anos, em 5 de outubro de 1994, depois de 58 anos dedicados ao candomblé.

Na segunda-feira (13), encerrando o Azerir, uma missa será celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Centro Histórico, às 9h. Historiadores afirmam que o terreiro surgiu onde Joaquim Jeje, herói da Revolução dos Malês, insurreição escrava ocorrida em Salvador em 1835, deixou o bogum (baú) com donativos que permitiram a volta.