Todos nós choramos, Argentina!

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 27 de abril de 2018 às 08:00

- Atualizado há um ano

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Segundos finais de jogo, placar definido na Oracle Arena, em Oakland. Foram cinco jogos duros, mas quatro deles terminaram com o Golden State Warriors como vencedor. É fim de série. 

A bola está na mão do maior jogador de basquete nascido na América do Sul. Ele olha para o relógio e larga a bola quando o 0 chega. As câmeras não vão atrás de Kevin Durant ou Klay Thompson, cestinhas do time vencedor.

Elas seguem Emanuel David Ginóbili. Ele é cumprimentado por companheiros, rivais, pelo técnico do Warriors, Steve Kerr, seu antigo colega de Spurs. Se uma despedida é ruim, imagine duas. E ainda podem ser três. 

Com a eliminação do Spurs pelo Warriors, pela 1ª rodada dos playoffs da NBA, a tendência é que Manu não entre mais em quadra. A dúvida já era essa no ano passado, mas ele renovou contrato e resolveu seguir. 

Aos 40 anos, o argentino de Bahía Blanca jogou mais vezes que em 2016/17. Mais minutos e teve média melhor de pontos. Sendo bem sincero, contribuiu muito mais que seus companheiros Tony Parker,  35, e Pau Gasol,  37, ainda que os números do último, friamente, não mostrem isso. Ainda pode ser útil, se quiser seguir mais um ano na franquia, que deve passar por uma reconstrução maior do que o que, geralmente, fez ano após ano.

O fato de ter seguido um ano a mais do que se esperava tornou Manu uma espécie de atração turística para os argentinos. Uma matéria da NBA TV mostrou a aventura de diversos argentinos que saíram do nosso vizinho rumo a San Antonio, cidade do Texas com cerca de 1,5 milhão de habitantes e sede do Alamo, antigo forte e hoje um museu, com forte história na batalha entre americanos e mexicanos no século XIX. 

Não é Maradona nem Messi o maior atleta da história da Argentina. É Manu. A peregrinação dos ‘hermanos’ é para ter o prazer de ainda vê-lo atuar. O ala-armador, após o treino pré-jogo, atende a todos, tira fotos, dá autógrafo e arranca lágrimas.  Na imagem final do jogo contra o Warriors, quando Manu entra nos vestiários da Oracle Arena, ele dá aquela última olhada para cima. Duas bandeiras argentinas estão lá. São privilegiados.

Séries Escrevo essas linhas sem saber o resultado do jogo 6 entre Milwaukee Bucks e Boston Celtics, que, pelo andar da série, tinha tudo para ir para a sétima partida. Nas outras séries, minhas previsões foram meio furadas. Houston Rockets e Warriors fizeram 4x1 no Minnesota Timberwolves e Spurs, respectivamente. Se a série entre o atual campeão e o time de San Antonio foi bem equilibrada dentro de quadra, o Rockets ganhou três dos quatro jogos com tranquilidade. O New Orleans Pelicans surpreendeu e varreu o Portland Trail Blazers, enquanto o Philadelphia 76ers teve trabalho, chegou a perder um jogo em casa, mas bateu o Miami Heat po 4x1. Nas outras séries, muito equilíbrio. O único que terá o mando para fechar no sexto jogo é o Utah Jazz, hoje, em Salt Lake City, contra o Oklahoma City Thunder. Nas outras séries, o jogo 7  me parece uma realidade bem provável de acontecer. Para alegria dos amantes do basquete.*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras