Trecho baiano da FCA receberá novos investimentos

Recursos serão direcionados para melhorias na linha atual

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  • Do Estúdio

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 01:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Um dos segmentos mais importantes para a economia do Brasil, o setor ferroviário passa por uma verdadeira revolução que logo vai trazer benefícios tanto para quem vive nos grandes centros quanto para quem mora nas cidades do interior. Está em curso no país uma série de mudanças na relação entre empresas que administram linhas férreas e o poder público. O novo contrato de concessão vai gerar investimentos, fomento de novas cargas, desenvolvimento regional, geração de empregos e impostos.

E a Bahia está dentro dessa rota poderosa. Estima-se mais de R$ 3,5 bilhões de investimento no trecho baiano de circulação de trens entre o estado e o Sudeste do país pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).  Esses recursos serão direcionados para melhorias na linha atual, como a troca de trilhos e dormentes e ainda a aquisição de dezenas de locomotivas.

Isso vai proporcionar uma movimentação mais ágil e segura de produtos diversos, injetando ainda mais eficiência ao negócio. Entre 2019 e 2020, o fluxo de cargas entre os dois estados cresceu quase 20%. Na Bahia, a FCA conta com rotas regulares de derivados de petróleo, cal, minério de ferro, minério de cromo, minério de magnesita, contêineres e cimento.“A ferrovia é o melhor modal para distâncias longas e grandes volumes. Na Bahia há grandes projetos na área de mineração e estamos trabalhando para entregar eficiência para esse e outros setores. A renovação nos permite ter um cenário de longo prazo e isso é positivo para todos”, aponta Álvaro Neto, gerente-geral do corredor que liga Bahia ao Sudeste do país.Com a renovação do contrato da FCA, o volume operado no trecho da Bahia aumentará ainda mais. “O estudo de demanda utilizado pela agência reguladora está em fase de atualização. Isso significa que a proposta apresentada estará adequada à realidade de mercado atual. Em breve, esse levantamento se juntará à análise de todas as contribuições feitas pelo público. O resultado vai gerar valor para o estado, fortalecendo nossa posição de empresa parceira da economia e da sociedade baiana”, conclui Silvana Alcantara, diretora de Relações Institucionais e Regulatório da VLI. 

R$ 2,3 milhões para ampliação e modernização de oficina de trens Alagoinhas e Iaçu são exemplos de municípios baianos que se beneficiarão com a renovação. Distantes apenas 200 quilômetros, estão conectados pela operação ferroviária e abrigam oficinas de manutenção de locomotivas e vagões, pontos essenciais para suportar a demanda e manter mais equipamentos disponíveis na linha. Com os investimentos na estrutura, a unidade alagoinhense, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, receberá R$ 2,3 milhões para uma ampliação que vai garantir mais eficiência nas operações. A obra tornará a oficina uma das maiores do país. A unidade localizada em Alagoinhas receberá R$ 2,3 milhões em investimentos para uma ampliação (Foto: Gustavo Andrade/divulgação) Emprego e renda  A relevância da FCA é observada a partir de uma singularidade entre as demais operadoras ferroviárias do país: a vocação para carga geral. Na Bahia não é diferente. Camaçari, Brumado, Campo Formoso, Candeias (Porto de Aratu), Pojuca e Itiuba são outras cidades do mapa ferroviário regional, pontos de carga e descarga de produtos. A malha transporta contêineres para a Braskem, cimento e clínquer para a LafargeHolcim e minério para a Bamin. Os dois últimos fluxos representam investimentos locais recentes.

Além dos investimentos esperados para a atualização da linha, nos últimos anos já foram empregados cerca de R$ 150 milhões. O valor aplicado, inclusive, refletiu em outro fator importante: o humano. Só para se ter uma ideia, a FCA gera quase 500 empregos diretos e indiretos e a maioria (87%) é ocupada por mão de obra local, mantendo o dinheiro circulando na região onde estes colaboradores moram. Este ano, a empresa abriu processo de recrutamento para contratação de maquinistas e outros profissionais no estado, em mais um sinal da crescente movimentação no trecho baiano da Centro-Atlântica. A FCA gera quase 500 empregos diretos e indiretos e a maioria (87%) é ocupada por mão de obra local (Foto: Gustavo Andrade)

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