Três policiais suspeitos de encomendar morte de PMs na Bahia são presos

Além dos PMs um radialista da cidade de Abaré também é suspeito do crime

  • Foto do(a) author(a) Mario Bitencourt
  • Mario Bitencourt

Publicado em 23 de março de 2019 às 13:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Dois cabos e um sargento da Polícia Militar da Bahia foram presos em flagrante com armas e drogas, nas cidades de Paulo Afonso e Abaré, ambas no nordeste da Bahia, durante uma operação de busca e apreensão na casa dos mesmos nesta sexta-feira (22).

Os policiais e ainda um radialista da cidade de Abaré são suspeitos de encomendar o assassinato de outros dois policiais militares do 20º Batalhão da Polícia Militar, em Paulo Afonso. Os nomes deles não foram revelados.

As buscas e apreensões ocorreram com autorização judicial, a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), depois que foi descoberto que eles supostamente haviam contratado pistoleiros para executar os colegas policiais.

A Polícia Civil da Bahia não informou detalhes sobre qual a motivação para a elaboração do plano para matar os PMs, cujas patentes e nomes estão sob sigilo. O tipo de envolvimento de cada um na elaboração do plano também não foi revelado.

Os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão, dados pelo juiz Criminal de Chorrochó, Cláudio Santos Pantoja Sobrinho, ocorreram na casa dos cabos, em Paulo Afonso, e em Abaré, na residência do radialista e do sargento.   

Foram apreendidas duas espingardas calibre 12, uma espingarda de fabricação artesanal, três pistolas ponto 40, um revólver calibre 32 e um calibre 38, centenas de munições para armas de diversos calibres, tocas ninja e coletes a prova de bala.

Também havia nas casas dos suspeitos R$ 5.440 em espécie, R$ 2.700 em cheques, R$ 5.880 em notas promissórias, aparelhos celulares, quatro pedras de crack, oito trouxas de cocaína, um cigarro de maconha e um Fiat Pálio que seria utilizado como parte do pagamento aos executores do crime, segundo a polícia.

A Polícia Civil não deu detalhes de onde cada apreensão ocorreu, mas informou que apenas o radialista não foi preso. O radialista, no entanto, teve aparelhos telefônicos apreendidos. A operação recebeu o nome de “Navalha na Carne”.