Tricolores celebram 30 anos do bi brasileiro atrás do trio

Torcedores se concentraram na frente do Clube Espanhol desde o início da tarde

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 17 de fevereiro de 2019 às 18:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nasson/CORREIO

Desde o começo da tarde deste domingo (17) já era possível ver um clima diferente nos arredores de Barra e Ondina. Eram tantas camisas, faixas, chapéus e bandeiras do Bahia que não seria estranho um turista achar que existe algum estádio naquela região. Ledo engano.

O que aconteceu na verdade foi uma espécie de carnaval tricolor, com direito a trio elétrico e tudo que se tem direito. O evento faz parte da agenda de comemorações dos 30 anos do título de campeão brasileiro de 1988.

O trio de amigos formado por Rogério Vieira, André Lima e Andre Oliveira foi um dos primeiros a chegar à concentração, que aconteceu em frente ao Clube Espanhol. Desde o meio-dia, eles, que são moradores do bairro de Tancredo Neves, estavam por lá.“Vim cedo porque a data pede isso. É a comemoração do maior título da história do Nordeste. Eu estava lá na Fonte Nova e lembro como foi lindo. Hoje é dia de lembrar tudo isso”, contou Aldre, que tem 48 anos e é aposentado.Devidamente equipados com uma lata de cerveja e camisas do Bahia, eles aguardavam os convidados de luxo chegarem ao trio para a festa começar. De todo o elenco campeão brasileiro em 1988, apenas o goleiro Sidmar não está em Salvador. Ele não veio por conta do trabalho que exerce como preparador de goleiros no Japão. Torcedores chegaram cedo para a concentração de trio do Bahia (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) Herói do título, Bobô foi um dos últimos a chegar ao trio. Isso aconteceu por volta das 16h40 de ontem. Era o que faltava para a festa começar. Puxado pelo cantor Ricardo Chaves, o trio tricolor fez o circuito inverso do carnaval, saindo da Ondina em direção ao Farol da Barra. No repertório, canções clássicas como “Campeão dos Campeões”, “Bahia Porreta” apareceram junto ao hino do clube e cânticos mais atuais da torcida tricolor a exemplo de “59 é nosso, 88 também”. 

Ricardo Chaves estava junto ao elenco no jogo em Porto Alegre e chegou a levantar a taça junto aos atletas no Beira-Rio. Em entrevista antes de começar o jogo ele contou que recebeu a Taça das Bolinhas diretamente das mãos de Bobô.  Ricardo Chaves tocou gratuitamente em trio que comemorou os 30 anos do bicampeonato do Bahia (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) O cantor fez sua apresentação de forma gratuita. Segundo ele, foi uma colaboração para o grupo de jogadores que trouxe o título que é uma das grandes glórias da história do Nordeste. Durante a semana, foi publicado no Diário Oficial do Município que o artista e sua banda receberiam um cachê de R$ 40 mil reais, mas a decisão foi revogada. Também presente no evento, o subsecretário municipal de Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel), Adriano Gallo, confirmou a notícia alegando uma recomendação do Ministério Público do Bahia."O evento está sendo realizado pela Associação dos Campeões de 88, com trabalho voluntário dos músicos. A central de licenciamento da Semop forneceu o alvará. A prefeitura vai dar o apoio moral para que o evento seja bem sucedido", afirmou o subsecretário.Neste momento, o trio está próximo do Farol da Barra. Chegando ao destino final, os jogadores terão um espaço para discurso e segundo o ex-zagueiro João Marcelo, que é organizador do evento, ações simbólicas como cantar parabéns para o título e homenagear os jogadores individualmente.

*Com supervisão do subeditor Ivan Dias Marques