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Ufba expõe trabalhos de pesquisa em extensão no Campo da Pólvora 


 

Evento Universidade na praça conta ainda com intervenções artísticas 

  • Tailane Muniz

Publicado em 30/08/2019 às 15:24:00
Atualizado em 20/04/2023 às 05:16:04
. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Professores e estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) levaram à praça do Campo da Pólvora, na manhã desta sexta-feira (30), uma exposição de trabalhos de pesquisas e extensões, além de intervenções artísticas. 

O ato, batizado Universidade na Praça, tem programação prevista até as 20h e inclui programação para crianças, exibição de documentários, além de tendas temáticas. De acordo com o reitor da Ufba, João Carlos Salles, um dos objetivos do evento é “aproximar instituição e sociedade”.  

“Com esse contato, a gente deseja mostrar o quanto a Ufba é bela. Nós vamos resistir a esse momento obscuro”, disse, ao reafirmar bloqueio de R$ 48,5 milhões em recursos de custeio pelo Ministério da Educação (MEC).

Salles, que esteve no evento durante a manhã, garantiu o funcionamento da universidade apesar do bloqueio e lembrou o episódio de paralisação dos vigilantes. “Nós pagamos cerca de R$ 2 milhões à MAP, e estamos conversamos e negociando dentro das possibilidades, como estamos fazendo com o MEC. Os vigilantes são necessários para o funcionamento””. Exposição funcionará até as 20h (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) A feira  As 10 tendas na exposição receberam nomes em homenagem a “patronos” que passaram pela instituição, como Mãe Stella de Oxóssi e Nair da França, que foram representadas por meio de objetos e resultados de pesquisas.

Os trabalhos expostos ajudam a dar dimensão dos feitos da instituição, em suas diversas áreas de atuação, explica a presidente do Sindicato dos Professores da Ufba, Raquel Nery. 

“Nossa ideia é aproximar as pessoas, o povo, para que todos entendam o porquê de lutar pela universidade. Antes de mais nada, o que temos aqui é um ato político, diante do momento que atravessamos de crise na educação pública do país”, comentou, ao utilizar a tenda da área de Saúde, onde estudantes de Farmácia apresentavam pequenas demonstrações da área.  Reitor João Carlos Salles falou sobre questões da Ufba (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) Aluno do Bacharelado Interdisciplinar (BI) em Artes, Victor Sanches, 22, foi até o local como curioso. “Não participei dos preparativos, mas vim porque é importante que haja a representação dos estudantes neste momento. Para nós, é vital”, diz ele, que lamenta as dificuldades financeiras vividas pelo local onde estuda. 

À reportagem, a estudante do BI em Saúde Karina Luna, 26, garantiu que “quando várias áreas da comunidade acadêmica se unem em prol de um bem, não tem como dar errado”. “Se nós conseguirmos alcançar 10, de 20 pessoas que passarem aqui hoje, nosso objetivo estará cumprido”, destaca ela, ao classificar a educação pública como “a única coisa que pode salvar vidas”.