YouTube e Netflix lideram consumo de vídeo sob demanda no Brasil

Globoplay está em terceiro lugar; instituto Kantar Ibope divulga os primeiros dados de pesquisa sobre streaming

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  • Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2022 às 16:20

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Os primeiros resultados da medição de audiência domiciliar em que a Kantar Ibope Media avalia o consumo de vídeos sob demanda foram apresentados nesta quarta (18) ao mercado publicitário. E apontam o primeiro ranking de escolhas do público na hora de assistir à TV sob demanda.

O YouTube aparece no topo da lista, sem que os dados acusem quais fatias caberiam ao segmento pago e ao gratuito do portal. Em seguida aparecem  Netflix, Globoplay (que reúne consumo pago e gratuito), Amazon Prime Video, Twitch e Disney +, nesta ordem.

O instituto não informou qual o percentual de cada empresa nesse ranking, resultado de dados mensurados entre janeiro e março deste ano. Os dados mostram que os esforços da Globo em competir com os gigantes do streaming que vêm desembarcando no Brasil há pelo menos uma década têm surtido efeito.

Embora a Kantar não traga ainda uma distinção sobre o que é consumido em cada plataforma, as informações sobre o perfil de público que acompanha cada serviço, algo agora apresentado pela nova medição, passam a ser um componente a mais no banco de dados que cada empresa já tem sobre os conteúdos mais vistos.

Isso é imformação importante para os serviços de streaming, não só para balizar os investimentos em novas produções, mas especialmente para alavancar a venda de publicidade para as plataformas abastecidas por propaganda, como a Netflix cogita fazer em curto prazo, com opções de mensalidades mais caras aos que quiserem consumir seu catálogo sem comerciais - exatamente como funciona no GloboPlay.

Do bolo total que o brasileiro consome em vídeos em casa, só 6% vêm de serviços de streaming pagos, ante 15% de plataformas sob demanda gratuitas, como YouTube, Facebook, Instagram, TikTok e o próprio GloboPlay. O restante, 79%, ainda é da TV linear, ou a TV vista em tempo real, seja paga ou aberta.

O levantamento mostra ainda que de 2017 a 2021, o número de Smart TVs, ou de televisores conectados à internet, saltou de 27% para 57% dos domicílios, facilitando o zapping entre os canais tradicionais e as plataformas que oferecem vídeos de todos os tamanhos e assuntos.