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Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2016 às 17:55
- Atualizado há 2 anos
Engenheiro foi morto em abordagem policial (Foto: Reprodução)O corpo do engenheiro elétrico Moacyr Trés da Costa Trindade, 61 anos, morto em uma abordagem da Polícia Militar na Avenida Paralela, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (13), no Cemitério Jardim da Saudade. Amigos, colegas e familiares estiveram presentes para se despedir de Moacyr, que também era professor do Instituto Federal da Bahia (Ifba). Cerca de cem pessoas compareceram, todas usando roupas brancas, a pedido da família da vítima. >
Único filho do engenheiro, Felipe Dória falou da ação que terminou com a morte do pai. "Foi brutal. Primeiro uma vizinha deu pela falta dele e falou com a família. Começamos a busca, fomos em delegacias, hospitais e por último no IML, onde encontramos o corpo", lembrou. Moacyr estava separado da mulher e vivia sozinho.>
O corpo do engenheiro e professor estava liberado desde a semana passada, mas o sepultamento foi nesta quarta-feira por conta de um exame que precisa ser feito com fios de cabelo e detecta possível uso de drogas. Felipe explicou a decisão da família de arcar com um exame particular. "O MP foi quem solicitou [o exame toxicológico] e por isso ficou no impasse [já que o DPT não realiza essa modalidade], então recorremos a um laboratório particular", conta.Felipe Dória (de blusa branca) acompanha caixão do pai (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Felipe não sabe se a ação que terminou com a morte do engenheiro tem algo a ver com uma ação judicial do pai contra a Polícia Militar por conta de outra abordagem. "Para mim, isso está tudo confuso. Não há coerência. Os fatos não se completam", considerou. "O que a gente espera é que os órgãos façam o trabalho deles", complementou. >
Professores e diretores do Instituto Federal da Bahia (Ifba), onde Moacyr lecionava desde a década de 1980, também compareceram e lamentaram a morte trágica. A ex-mulher do engenheiro estava presente, mas não quis falar com a imprensa.>
[[saiba_mais]]Cerca de cem pessoas acompanharam sepultamento (Foto: Almiro Lopes / CORREIO)>