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Hospital das Clínicas tem centro de pesquisa e atendimento ao paciente bipolar

Ambulatório é comandado por equipe da Ufba; veja como conseguir atendimento

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 2 de abril de 2019 às 19:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Marina Silva/CORREIO

Neste sábado (30) foi comemorado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. Em Salvador, há 10 anos, um grupo de pesquisa e atendimento gratuito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), que fica no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), conhecido como Hospital das Clínicas.

Coordenadora do grupo, a psiquiatra e professora da Ufba, Ângela Scippa, conta que um dos maiores desafios pelos portadores do transtorno é justamente a banalização do termo bipolar, que é usado até em piadas entre amigos. "As pessoas usam de forma errada, pra falar sobre o comportamento, o humor. Não é assim. E isso acaba inibindo o paciente que tem o transtorno, porque ninguém quer ser visto como doente ou ser ridicularizado. Muitos acabam fazendo também um autodiagnóstico, isso prejudica os tratamentos", conta.

Para receber atendimento gratuito, é necessário que o paciente possua uma carta de recomendação. Ou seja, ele precisa que algum profissional da área de saúde, seja psicólogo, psiquiatra ou até um clínico geral, indiquem que ele tem traços de um bipolar. Com o documento em mãos, ele pode ir até o ambulatório especializado no transtorno, no Hospital das Clínicas, que funciona às quintas-feiras, das 7h30 às 12h, para agendar um atendimento.

Embora o atendimento seja gratuito, há um número limitado de vagas, que varia de acordo com a quantidade de pacientes já em atendimento. "Esses pacientes passam por uma consulta e uma entrevista. Após essa triagem, o diagnóstico sendo confirmado, ele é absorvido pelo nosso núcleo", explica Ângela Scippa.

Vale lembrar que o ambulatório não trabalha com emergência. Portanto, um paciente em crise não receberá atendimento no local. Neste caso, é necessário procurar um dos serviços de emrgência da capital (ver lista abaixo).

A doença Mas, afinal, o que é esse tal de transtorno bipolar? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (SMS), o transtorno bipolar é "caracterizado por episódios nos quais o humor e os níveis de atividade de uma pessoa ficam gravemente alterados”.

Ângela explica os principais sintomas de um episódio agudo ou crise. "Dá para perceber um episódio claramente quando, no mínimo 4 a 7 dias, o paciente fica completamente diferente do comportamentl basal dele. A pessoa fica em estado de mania, que é eufórica, cheia de energia, falando demais, irritado demais, desinibido ou impulsivo demais. É tudo aumentado. Há também o estado de depressão, que é quando a pessoa, por esse mesmo tempo, fica muito deprimida, desanimada, sem forças para nada. É quando há risco de suicídio".

De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), 30% e 50% dos brasileiros portadores de transtorno bipolar tentam suicídio. O órgão diz, ainda, que de todas as doenças e de todos os transtornos, o bipolar é o que mais causa suicídios.

A especialista diz ainda que um dos maiores problemas de quem sofre com a doença é não receber o diagnóstico correto e, por tabela, não se tratar adequadamente. "Não se trata o paciente bipolar só com terapia. Uma informação errada pode agravar a doença e levar a situações extremar", alerta.

Pesquisa O centro de pesquisa de transtorno bipolar da Ufba conta com aproximadamente 20 profissionais, sendo a maioria psiquiatras, que atuam no atendimento ao paciente, e psicólgoos, que desenvolvem as pesquisas.

Uma das integrantes, a psicóloga Stela Sarmento, que atua no campo da cognição bipolar, conta que a pesquisa não pode ser feita em qualquer paciente diagnosticado com o transtorno. "Hoje, são 271 pacientes acompanhados na pesquisa. O critério para participar é bem rígido. O paciente não pode estar em estado de mudança de humor. Aqui nós já desenvolvemos artigos muito interessantes sobre a bipolaridade e a religiosidade, associada ao exercício físico, entre outros", conta. 

O núcleo de pesquisa, que fica no ambulatório Magalhães Neto, no Hospital das Clínicas, é vinculada a uma rede nacional e internacional, que é o Centro de Estudos de Tratamento de Humor e Ansiedade (Cetha). Podem ser estudados apenas os diagnosticados com Transtorno Bipolar tipo 1, os eutímicos, que são aqueles que apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. 

um dos objetivos da pesquisa, segunda conta Stela Sarmento, é quebrar preconceitos. "É o que chamamos de psicoeducação. Existe muito preconceito com a bipolaridade e, quando um paciente recebe o tratamento adequado, ele pode, sim, levar uma vida normal, com muito menos episódios", conta.

Curiosidade Dia Mundial do Transtorno Bipolar é comemorado no dia 30 de março em homenagem ao o aniversário do pintor Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado como provável portador da doença. O objetivo da implantação da data comemorativa é chamar atenção para os sintomas e tratamentos da doença.

Veja abaixo onde buscar atendimento de emergência em Salvador: 

Rede privada:  Clínica Ápice In: Rua Macapá, 376, Ondina. Telefone: (71) 3018-8350 Holiste Psiquiatria: Rua Marquês de Queluz, 323, Pituba. Telefone: (71) 3082-3611  Rede Pública:  CAPS II bairro Garcia | Telefone: (71) 3329-1004  CAPS II Oswaldo Camargo: bairro Rio Vermelho | Telefone: (71) 3611-3916  CAPS I Prof Luís Meira Lessa (Criança e Adolescente): bairro Rio Vermelho | Telefone: (71) 3335-6827  CAPS II Rosa Garcia: bairro Jardim Armação | Telefone: (71) 3489-9795  CAPS II Aristides Novis: bairro Engenho Velho de Brotas | Telefone: (71) 3611-2952 / 2953  CAPS II Eduardo Saback: bairro Pernambués | Telefone: (71)  CAPS bairro Pernambués (álcool e drogas) | (71) 3116-4696  CAPS II Nise da Silveira: bairro Cajazeiras | Telefone: (71)  CAPS II Águas Claras | Telefone: (71) 3309-9641  CAPS II Dr. Antonio Roberto Pellegrino: bairro Jardim Baiano | Telefone: (71) 3321-3679  CAPS II Franco Basaglia: bairro de Itapuã | Telefone: (71) 3285-0396  CAPS II Prof. Adilson Sampaio: bairro Caminho de Areia | Telefone: (71) 3611-6584/6585  CAPS II bairro Liberdade | Telefone: (71) 9997-9566  CAPSIA (infância e adolescência): bairro Liberdade | Telefone: (71) 3256-0869  CAPS II: bairro Pau da Lima | Telefone: (71) 3611-6584  CAPS II bairro São Caetano| Telefone: (71) (71) 32592556  CAPS II Maria Célia Da Rocha: bairro Alto de Coutos | Telefone: (71) 3397-6743  CAPS ad III Gey Espinheira: bairro Barris : Telefone: (71) 3329-7393