Moradores de Santa Cruz estreiam parque de diversões em ação social da PM

Base Comunitária de Segurança levou 450 moradores ao parque gratuitamente

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  • Lara Bastos

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 14:19

- Atualizado há um ano

O Líder World Park, instalado no estacionamento da Arena Fonte Nova, só abre oficialmente às 18h desta sexta (26), mas antes de todo mundo, às 10h, 450 moradores de Santa Cruz estrearam os brinquedos. O passaporte para o dia custa R$ 60, mas crianças e pais puderam entrar e brincar gratuitamente, devido a uma ação social da Polícia Militar.

A iniciativa é da Base Comunitária de Segurança (BCS) de Santa Cruz e tem o objetivo de aproximar as famílias. "A gente quer deslocar eles daquela realidade, porque muitas vezes eles não têm acesso a outras realidades. Têm crianças aqui que nunca foram a um parque", explica a capitã Sheila Barbosa, comandante da base. Os PMs já acompanharam as crianças ao cinema, circo, biblioteca e, pela primeira vez, a um parque de diversões. "É só me dar o convite que eu levo", diverte-se a capitã.

A algazarra de brincadeiras e risadas é prova suficiente de que o projeto está mais do que aprovado. A euforia é tanta que os meninos nem conseguem ficar parados na fila, correm por todos os lados, escolhendo qual brinquedo ir em seguida. As mães tentam, mas mal conseguem acompanhar o pique. "Tem que ir atrás se não a gente perde de vista", diz a dona de casa Jamile Fiuza, 31 anos, antes de sair correndo atrás dos pequenos Felipe, 9, e Mizael, 5.

Assim como os irmãos, Mariana Ferreira, 10, Jacielle Carvalho, 9, e Tauana Santos, 8, nunca tinham ido a um parque de diversões. Lá, elas elegeram a casa maluca como o brinquedo favorito. "Tem uma hora que fica muito escuro e treme tudo, tem uma escada que afunda quando a gente pisa. É muito divertido", conta Jacielle, que foi duas vezes na atração.

Já os mais velhos aproveitaram os brinquedos radicais. Na fila do Kamikaze, atração que deixa qualquer um literalmente de cabelo em pé, Gabriela Coelho, 15, entrou duas vezes. "No começo fiquei com medo, mas depois passa. No de lá eu já fui duas vezes também", diz, apontando para as cadeiras suspensas do Crazy Dance, que giram em alta velocidade.

Com a ajuda de parceiros, os policiais da BCS conseguiram transporte, lanches e bebidas para o passeio. A divulgação ficou por conta de cartazes espalhados em escolas e na comunidade. Os pais interessados em levar os filhos deviam procurar a base e se inscrever. "Mais de duas mil pessoas compareceram. Foi doloroso escolher, por isso conseguimos mais ônibus. Inicialmente só poderíamos trazer 300", lamenta a capitã Sheila. De acordo com ela, as vagas foram preenchidas por ordem de inscrição.

Nove ônibus saíram de Santa Cruz e outros sete trouxeram turmas de escolas em Areia Branca, Nordeste de Amaralina, Boca do Rio e Lauro de Freitas. Um dos parceiros do projeto, o Instituto de Beleza William, ficou encarregado de recrutar as crianças dos outros bairros. A ação também contou com o apoio da Bem Me Quer, instituição social da banda Chiclete com Banana, e da empresa de festas Divertina.