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Carol Aquino
Publicado em 14 de maio de 2017 às 06:35
- Atualizado há 2 anos
O Secretário de Desenvolvimento Urbano de Salvador, Guilherme Bellintani, revelou que o sistema de verticalização usado pela Santa Casa de Misericórdia pode ser adotado pela Prefeitura de Salvador. >
“No nosso entendimento, talvez não haja necessidade de construir novos cemitérios em Salvador. O que há é uma forma inovadora de conciliar essa questão. Aqui é um exemplo: um cemitério centenário, com pouca capacidade de ampliação, mas que enfrenta esse problema trazendo uma inovação que dá conforto às famílias e é ecologicamente correta”, apontou, enfatizando que esta hipótese ainda está em avaliação conjunta entre ele e o secretário de Ordem Pública, Marcos Vinícius Passos. >
Atualmente, a capital baiana enfrenta um problema de diminuição de espaços disponíveis nos cemitérios públicos do município. São dez locais onde se pode fazer sepultamentos a preços populares, pagando apenas uma taxa de R$ 31,34 para adultos e R$15,66 para crianças. A família pode ser isenta deste valor, desde que assine um Termo de Pobreza. >
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), responsável pelos cemitérios públicos, disponibiliza ainda o serviço de cremação gratuita, através de um convênio com o Cemitério Jardim da Saudade. >
Morrer custa caro: enterro pode sair por mais de R$ 12 milMorrer em Salvador não é nada barato. Ser enterrado em uma das modernas gavetas do Campo Santo custa entre R$ 3 mil e R$ 7,5 mil. O preço mais baixo é para a compra do ossuário, onde os ossos do falecido ficam depositados permanentemente. É cobrada ainda uma taxa de manutenção que varia de R$44 a R$62.>
Já o valor mais alto é só para os serviços de velório, taxa para sepultamento e aluguel de um jazigo por três anos, contratados após a morte. >
Recentemente, o Cemitério lançou o produto Campo Santo Familiar. Na compra de um ossuário com antecedência de pelo menos seis meses do falecimento, o cliente ganha o jazigo e o velório sem custos adicionais. Os R$ 3 mil investidos podem ser parcelados em até 48 vezes.>
O Cemitério Bosque da Paz cobra R$ 4.753 para o aluguel de um jazigo por três anos e meio. Nesse valor já estão inclusos o aluguel da sala de velório, a placa nominal e a taxa de sepultamento. >
Um jazigo perpétuo duplo no Bosque da Paz custa R$ 12.399. Nele cabem dois corpos e quatro ossadas. Dá para dividir em até dez vezes no cartão. Um jazigo simples, em que o falecido pode ser sepultado ao lado de outras pessoas, custa R$ 7.488. >
Já a locação por três anos e meio custa R$ 3.753. A compra de um ossuário para depositar até duas ossadas em definitivo após a exumação vale R$ 2.827 mais a taxa de manutenção anual de R$ 74.A cremação pode ser feita no Bosque da Paz por R$ 6 mil. Este valor pode ser pago em um plano familiar em até 48 parcelas, mas a pessoas só recebe o título de cremação se 50% do valor total já tiver sido quitado. >
Já para ser enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, é preciso desembolsar um pouco mais. O sepultamento em um jazigo compartilhado custa R$ 7.350; em um túmulo indívidual, R$ 10,5 mil.Também estão disponíveis jazigos permanentes a R$ 25 mil, a prazo, ou R$ 22,5 mil, à vista. Mesmo a família sendo proprietária do jazigo, a taxa anual de manutenção, de R$ 780, tem que ser paga. A cremação custa R$ 8,4 mil.>
Mas se engana quem pensa que os gastos acabam após o sepultamento. Após três anos, se o jazigo não for perpétuo, é preciso retirar os ossos. No Campo Santo, a exumação ultrapassa os R$ 300, no Bosque da Paz custa R$ 412 e no Jardim da Saudade, R$ 1.103.>