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Ama morango do amor? Doce pode deixar sua pele envelhecida; entenda

O açúcar do doce pode contribuir para o envelhecimento precoce e para processos inflamatórios

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 15:00

O morango do amor deve ser consumido com equilíbrio para não prejudicar a pele (Imagem: 
Adilson Sochodolak | Shutterstock)
O morango do amor deve ser consumido com equilíbrio para não prejudicar a pele Crédito: Imagem: Adilson Sochodolak | Shutterstock

O morango do amor, que combina a suculência da fruta com o sabor do brigadeiro de leite em pó e uma generosa calda de caramelo, tem conquistado o paladar dos brasileiros e feito sucesso nas redes sociais. No entanto, apesar de delicioso, o consumo excessivo desse doce pode trazer impactos negativos à saúde e qualidade da pele.

Morango do amor viral vira febre nas redes. por Reprodução

Conforme a Dra. Isabel Martinez, que há quase duas décadas estuda a biologia cutânea e os impactos do estilo de vida sobre o envelhecimento, o açúcar que dá brilho e sabor ao morango do amor é uma mistura geralmente de sacarose e, muitas vezes, glicose líquida em altas concentrações.

“Quando ingerimos esse tipo de alimento, ocorre um rápido aumento da glicemia . Essa elevação desencadeia um processo conhecido como glicação, no qual moléculas de açúcar se ligam a proteínas estruturais da pele, como o colágeno e a elastina, formando os chamados produtos finais de glicação avançada (AGEs)”, explica.

A médica afirma que esses AGEs alteram a função das fibras de sustentação cutânea, tornando-as rígidas e menos funcionais. “O resultado é uma pele com menos elasticidade, maior propensão a rugas e uma aparência mais ‘cansada’. Estudos publicados em periódicos como o Journal of the American Academy of Dermatology mostram que níveis elevados de AGEs estão diretamente associados ao envelhecimento cutâneo precoce”, explica.

Processo inflamatório provocado pelo excesso de açúcar

Além da glicação, a Dra. Isabel Martinez diz que o consumo frequente de doces açucarados promove um estado inflamatório crônico e aumenta a produção de radicais livres. “Esse processo inflamatório, conhecido como inflamaging , contribui para a degradação do colágeno e pode agravar condições como acne e rosácea, especialmente em pessoas predispostas. O açúcar também interfere no microbioma intestinal, impactando a barreira cutânea e favorecendo desequilíbrios que repercutem na saúde e no brilho da pele”, alerta.

O consumo excessivo de açúcar pode reduzir a resiliência da pele (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)
O consumo excessivo de açúcar pode reduzir a resiliência da pele Crédito: Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

Impactos que vão além da estética

Embora o efeito do açúcar geralmente seja apenas associado ao envelhecimento precoce, a médica diz que os impactos vão além:

  • Aumento da resistência insulínica, que está ligada à piora da qualidade da pele;
  • Alterações no microbioma cutâneo, que reduzem a resiliência da pele;
  • Potencialização de processos inflamatórios, que prejudicam a recuperação tecidual e a luminosidade natural.

Consuma açúcar com equilíbrio

Apesar dos impactos do excesso de açúcar na qualidade da pele , a Dra. Isabel Martinez afirma que não precisamos abolir prazeres como o morango do amor da nossa vida. A questão central é o equilíbrio. “O consumo eventual dificilmente trará grandes prejuízos, mas a ingestão frequente de doces ricos em açúcares simples pode comprometer, a médio e longo prazo, a estrutura e a função da pele”, pontua.

Dessa maneira, o cuidado com a pele também passa pela alimentação. “A dermatologia moderna vai além dos cremes e procedimentos: ela passa pela compreensão do impacto do estilo de vida sobre o organismo. Cuidar da pele é, também, cuidar do que colocamos no prato”, finaliza.

Por Thiago Martins