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Entenda o linfoma não-Hodgkin, câncer que já atingiu Dilma, Gianecchini e agora Celulari

O linfoma é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 20 de junho de 2016 às 18:08

 - Atualizado há 2 anos

"Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem... coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin. Foi um susto, mas estou bem e ao lado de pessoas amadas". Com essas palavras, o ator Edson Celulari, de 58 anos, anunciou em seu perfil nas redes sociais que está lutando contra um tipo de câncer que ataca o sistema de defesa do organismo. De acordo com a oncologista e hematologista Adriana Scheliga, do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer(INCA), quando o diagnóstico do linfoma – mesmo nas suas formas mais agressivas - é feito precocemente, a chance de cura é bastante elevada. Nos últimos anos, além de Edson Celulari, o também ator Reynaldo Gianecchini, a presidente Dilma Rousseff e a autora de telenovelas Glória Perez tiveram o diagnóstico da doença, mas alcançaram a cura. Gianecchini, Dilma e agora Celulari sofreram com a doença O linfoma é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo.  Um dos aspectos mais preocupantes desse câncer, que atinge o sistema de defesas do organismo reside no fato dele comprometer a circulação dos glóbulos brancos, responsáveis pelo combate de doenças causadas por vírus e bactérias, se tornando uma doença que afeta todo o corpo. Vale lembrar que o sistema linfático é formado por gânglios ou linfonodos, que produzem as células de defesa do organismo (linfócitos).  No linfoma, esses linfonodos se reproduzem de modo desordenado.

Para Carlos Chiattone, médico hematologista e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o linfoma não está certamente entre os cânceres mais frequentes como câncer de próstata de homens, câncer de mama de mulheres, mas teve um aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de incidência.  “No sistema público de saúde há um retardo muito grande entre o início dos sintomas e o começo do tratamento, ou seja, os pacientes nos estabelecimentos públicos ao se fazer o diagnóstico, a doença já está muito mais avançada do que no perfil do paciente dos estabelecimentos privados, e isto determina um pior prognóstico para esse paciente”, explica o médico. A médica Adriana Scheliga explica que os linfomas podem ser divididos em dois grandes grupos: a doença de Hodgkin, que corresponde a cerca de 10% do total de casos e atinge jovens e pessoas de meia idade, e os linfomas não-Hodgkin, que são os mais comuns, e é responsável pela doença do ator. Geralmente, o linfoma não-Hodkin é mais comum entre os maiores de 50 anos e se caracteriza pelo surgimento de gânglios em qualquer região do corpo, com maior prevalência na área acima do diafragma, na parte de cima do corpo, no pescoço e nas axilas. Os dois subtipos mais comuns de linfoma não-Hodgkin são: difuso de grandes células B (linfoma agressivo) e folicular (linfoma indolente). Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. A doença afeta 1,5 milhão de pessoas em todo mundo.

A forma menos agressiva atinge aproximadamente 40% dos pacientes com esse tipo de câncer. Tem um desenvolvimento lento, porém é um tipo de tumor grave do sistema linfático. Costuma ser tratado com quimioterapia e/ou radioterapia e terapia-alvo. Em casos mais graves, pode-se recorrer ao transplante de medula óssea. Mesmo considerada rara, o que chama a atenção dos médicos é a incidência da doença que duplicou nos últimos 25 anos, principalmente em pessoas acima de 60 anos, entre homens e mulheres principalmente da região Sul e Sudeste do país.

Entre os principais sintomas do linfoma estão o aumento da estrutura de gânglios que muitas vezes pode ser palpável e/ou visível, surgindo geralmente na parte lateral do pescoço, nas ínguas, nas axilas e nas regiões inguinais. Portanto, o aparecimento de um nódulo com duração de uma, duas semanas sem que se tenha evidências de uma outra doença é de se supor, entro dos diagnósticos diferenciais, que isso possa ser um linfoma e o paciente deve procurar o atendimento especializado, no caso o hematologista. Sobre Linfoma Não-HodgkinEm 1839, o médico inglês Thomas Hodgkin se deparou pela primeira vez com o linfoma. Desde então, foram descritos mais de 40 subtipos da doença, que se diferenciam pela linhagem das células e por alterações a nível molecular