Honda CR-V 2021 ganha sistemas semiautônomos e custa R$ 264.900

SUV também teve visual levemente atualizado. Antônio Meira Jr., jornalista especializado em autos, avalia o rival do Toyota RAV4

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  • Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2021 às 11:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Honda
Na dianteira, as novidades são grade com pintura em preto brilhante, para-choque redesenhado e equipado com entradas de ar mais amplas e novas luzes de neblina em LED

Enquanto era importado do México, país que tem um acordo de livre comércio automotivo com o Brasil, e a diferença cambial não era tão alta, o CR-V era um veículo mais visto nas ruas. Mas a Honda mudou a produção do veículo para os Estados Unidos, o que atrapalhou a estratégia da filial brasileira para esse SUV.

Desde 2018, quando a quinta geração desembarcou no país, oriunda dos EUA, o preço ficou mais alto e o foco no mercado nacional mudou. O CR-V é oferecido apenas em uma configuração, a topo de linha Touring, por R$ 264.900. Além da leve atualização no visual, a grande aposta da marca está no pacote de tecnologia e de segurança, chamado pela empresa de Sensing. O conjunto de equipamentos funciona por meio de câmera, radar e diversos sensores.

O assistente de permanência em faixa, por exemplo, é bem atuante. É capaz de esterçar o volante mesmo em curvas mais acentuadas até que apareça uma alerta para que o motorista coloque as mãos no volante novamente. Há também um aviso de saída involuntária de faixa, que treme no volante para que você retome a atenção ou, se realmente quiser mudar de faixa, ligar a seta.

O alerta de ponto cego é similar ao adotado no Civic, mas só atua do lado direito - o do passageiro. Nesse caso, uma câmera instalada no retrovisor externo projeta a imagens na tela da central multimídia. Chega a atrapalhar em algumas situações, como quando o GPS está ativo, pois as imagens externas se sobrepõe às do navegador, mas é útil para estacionar e não raspar a roda no meio fio.

Para completar, o veículo conta com um sistema de frenagem autônoma de emergência, mas antes ele irá alertar o condutor sobre o risco de uma de uma colisão iminente. São tecnologias bastante úteis para atenuar qualquer distração do motorista.

Experiência Com bastante espaço e bons recursos de conforto, o CR-V é um veículo agradável ao volante. Os bancos dianteiros contam com ajustes elétricos e memória para duas posições para o motorista. A transmissão, do tipo CVT, tem a manopla com uma posição tradicionalmente adotada em minivans, mais elevada. A vantagem é que libera espaço no console. 

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O motor 1.5 litro turbo atende bem, com repostas rápidas. Movido por gasolina, ele rende 190 cv de potência a 5.600 rpm e 24,5 kgfm de torque, disponível entre 2 mil e 5 mil giros. A tração é integral, do tipo all wheel drive. Se houver necessidade, o veículo transfere automaticamente força para o eixo traseiro.

As trocas de marcha podem ser feitas por paddle shifters e há também uma posição esportiva no câmbio. Se preferir, o motorista pode ativar o modo econômico, que muda marchas em rotações mais baixas, focando na redução de consumo.

Nessa versão todos os equipamentos são de série, não há opcionais. Entre os itens de conforto, destacam-se o teto solar panorâmico e a abertura elétrica do porta-malas, que pode ser feita remotamente pela chave (que também aciona o motor a distância) ou passando o pé embaixo do para-choque traseiro.

Concorrentes O principal rival global do CR-V é o Toyota RAV4, que custa R$ 276.440 (SX Connect). O Toyota tem cinco anos de garantia, contra três do Honda. Outra diferença é que o Toyota é híbrido.

A lista de concorrentes segue com o Ford Bronco Sport, que custa R$ 264.690 (Wildtrack). A maior diferença mecânica fica por conta da tração, que é 4x4 com reduzida no Ford.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HONDA