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Dedicação à música fez de Gal Costa uma das vozes mais potentes da MPB

Cantora morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2022 às 11:51

. Crédito: Divulgação

Maria das Graças Penna Burgos, conhecida como Gal Costa, nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de setembro de 1945 e foi uma das mais potentes da Música Popular Brasileira. 

Trabalhou como balconista de uma loja de discos em Salvador e, em 1963, conheceu Caetano Veloso, apresentada por Dedé Gadelha, sua vizinha e amiga, além de futura esposa do cantor. Estreou artisticamente na década de 1960 ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé com o espetáculo Nós, Por Exemplo.., que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador. 

Em 1965, muda-se para o Rio de Janeiro e lança seu primeiro disco, gravado ao lado de Caetano Veloso, um compacto com as músicas “Sim, Foi Você”, de Caetano e “Eu Vim da Bahia” de Gilberto Gil. Em 1966 participou do I Festival Internacional da Canção com a música “Minha Senhora” de Gilberto Gil e Torquato Neto.

Em 1968 participou do disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968), com as canções Mamãe Coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto), Parque Industrial (Tom Zé) e Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), além de Baby (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico. Em novembro participou do IV Festival da Record defendendo a canção Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil). Lançou o primeiro disco solo, Gal Costa (1969), que além de "Baby" e "Divino maravilhoso" traz "Que pena (Ele já não gosta mais de mim)" (Jorge Benjor) e "Não identificado" (Caetano Veloso), todas grandes sucessos. No mesmo ano gravou o segundo disco solo, "Gal", conhecido como o psicodélico, que traz os hits "Meu nome é Gal" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Cinema Olympia" (Caetano Veloso), e deste disco foi gerado o espetáculo Gal!.

Em 1970 viaja para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar. Em 1971 lançou “Fa-Tal: Gal a Todo Vapor”, gravado ao vivo, que serviu para carregar a bandeira do Tropicalismo, enquanto seus dois principais compositores, Caetano e Gil, estavam no exílio. O disco trouxe sucessos, entre eles: “Chuva Suor e Cerveja”, “Como 2 e 2” e “Pérola Negra”. Em 1975 grava a música de abertura da novela Gabriela, a canção “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, que faz grande sucesso.

Já na década 1980, a presença marcante de Gal Costa esteve no especial Mulher 80, da Rede Globo. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade. Naquele mesmo período Gal gravou o disco "Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso.

A aclamação popular de Gal Costa, que já havia se desenhado nos sucessos “Festa do Interior”, “Meu Bem Meu Mal” e “Açaí”, do disco “Fantasia” (1981) vai se consolidar com o disco “Bem Bom”, de 1985 – o mais vendido da cantora, com um balanço vanguardista de Arrigo Barnabé (a faixa-título) e da dupla, Michael Sullivan e Paulo Massadas, com a música “Um Dia de Domingo”, em dueto com Tim Maia.

A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações. Em 2001, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a entrar no Hall, após participar do show “40 anos de Bossa Nova”, em homenagem a Tom Jobim. Em 2005 lançou o álbum “Hoje”.

Em 2011, Gal Costa lançou o álbum “Recanto”, concebido e composto por Caetano Veloso, o disco tirou a cantora de um autoexílio fonográfico de seis anos. Em 2015, Gal Costa lançou “Estratosférica”, em três formatos – LP, CD e download. O repertório reúne as músicas “Sem Medo, Nem Esperança”, “Casca”, “Anuviar”, “Ecstasy”, “Dez Anjos”, entre outras.