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Tubby: aplicativo para avaliar mulheres nunca existiu e tudo não passou de uma pegadinha

Enquanto muitas mulheres tremiam na base com medo do lançamento do aplicativo Tubby, parece que os supostos criadores estavam rindo do alvoroço

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 7 de dezembro de 2013 às 06:10

 - Atualizado há 2 anos

Luluzinha, pode respirar aliviada. Aparentemente, sua intimidade e seu desempenho sexual não serão revelados por nenhum Bolinha. E, pelo menos por enquanto, seus amigos no Facebook não vão saber se você, por exemplo, #CurteTapas. Sabe por quê? Porque enquanto muitas mulheres tremiam na base com medo do lançamento do aplicativo Tubby, que serviria para homens avaliarem representantes do sexo oposto, parece que os supostos criadores estavam rindo do alvoroço. Ontem, quando estava previsto o lançamento, a equipe do Tubby apareceu para dizer que ele nunca existiu. Aplicativo gratuito chegou à Google Play, mas ao ser instalado, app direciona os usuários para um vídeo dos idealizadores no YouTubeNão entendeu?Vamos lá: nas últimas duas semanas, o assunto das rodinhas de conversa era a guerra declarada entre os sexos – ou melhor, entre Luluzinhas e Bolinhas. Tudo começou com a chegada no Brasil do aplicativo para smartphones Lulu, que serve exclusivamente para a mulherada avaliar os rapazes. Para não ficar em desvantagem, um grupo de brasileiros anunciou que estava desenvolvendo o Tubby, que classificaria as meninas. O nome, veio do rival da Lulu dos quadrinhos, o Bolinha gringo. Na última quarta-feira, antes mesmo de ser lançado, o Tubby foi proibido pelo juiz Rinaldo Kennedy da Silva, da Vara Especializada de Crimes Contra a Mulher de Belo Horizonte, depois que grupos de  feministas entraram com pedido de medida cautelar. A justificativa para a proibição, baseada na Lei Maria da Penha, foi que o aplicativo promoveria a violência contra a mulher.  Estava previsto que o Tubby tivesse expressões de avaliação como #CurteTapas e #EngoleTudo. No site de apresentação do aplicativo, homens liam que era a “Sua vez de descobrir se ela é boa na cama”. Muitos se animaram e mulheres se dividiram entre a revolta e o medo de ver a intimidade exposta.Só que não existia Tubby nenhum. No horário previsto, um vídeo foi postado no site. O app até foi disponibilizado na loja Google Play, mas, ao fazer o download, os usuários chegavam ao mesmo vídeo. Nele, jovens que se identificam como Guilherme Salles e Rafael Fidelis e dizem ser os idealizadores do Tubby, apresentam o coreano Kim Seok Jim como um “sócio investidor”. Na legenda, Seok Jim explica que o lançamento do aplicativo seria adiado, mas que em breve homens de mais de 30 países poderiam avaliar as mulheres.  OcultaNo entanto, ao clicar na opção que ativa as legendas ocultas, na barra inferior do vídeo,  os internautas veem a mensagem real. Aí, o tal investidor coreano não perdoa: “Sério, caras, vocês caíram nessa bobagem? 2014 já está chegando e ainda tem gente querendo regredir para a 6ª série, dando notas para pessoas do sexo oposto”, diz Seok Jim, na verdade o ator brasileiro Pyong Lee.O “coreano” diz mais: “Pessoas não são objetos, e a intimidade de uma relação, por pior que tenha sido, não pode ser exposta assim”.  Quem também participou da brincadeira foi o blogueiro Maurício Cid, autor da página de humor Não Salvo. “Os dois (Guilherme e Rafael) me ligaram para ver o que dava para fazer com a semente plantada. A partir daí, foi só aproveitar o LOL (do inglês, laughing out loud, algo como “rindo alto”) e os boatos que as pessoas criam”, escreveu Cid ontem.Falando coreano, ator brasileiro dá lição de moralConsciênciaMesmo depois que o app se revelou uma brincadeira, a advogada Cíntia Melo, da Frente das Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, acredita que a proibição judicial foi válida. “Foi uma mensagem de consciência. Mostrou uma interpretação da lei Maria da Penha”, disse ao CORREIO. “Estou aliviada”, admitiu a funcionária pública Grazielle Lessa, 21 anos. Ela, que se diverte com o Lulu, estava com medo da revanche. “Estava pedindo a Deus para que os caras que eu namorei ficassem longe desse Tubby”. Já o universitário Diogo Falcão, 20, que estava ansioso para retribuir as avaliações que recebeu no Lulu, lamentou a pegadinha. “No final, só confirmou que todos criticam, mas ninguém gosta de ser criticado”. DúvidaMesmo depois de tudo isso, há quem acredite que até a pegadinha é falsa e que o aplicativo ainda será lançado. “Acho que existia, mas ao ser barrado pela Justiça, os desenvolvedores desistiram”, comentou um usuário na página do Tubby. Maurício Cid garante que foi uma brincadeira desde o início. Será?Novo software de avaliação exige cuidadoEnquanto o Tubby provocava revolta e as moças se divertiam no Lulu, outro aplicativo chegou para brigar pelos holofotes. O LuluTubby, desenvolvido por brasileiros para web, promete agradar Luluzinhas e Bolinhas. Lá, homens e mulheres podem avaliar uns aos outros. Mas, diferentemente do suposto Tubby, o novato afirma que seus usuários são “homens suaves”, que não falam palavrões, nem usam hashtags ofensivas. Segundo eles, mais de 200 mil pessoas se cadastraram no www.lulutubby.com. Entretanto, é preciso ter cuidado. Mais de 300 usuários fizeram avaliações negativas, denunciando que o software alterou senha e e-mail registrados no Facebook. Apesar disso, os criadores garantiram que não há fraude. “O LuluTubby ainda possui bugs, mas não há problemas de segurança”, declararam no Facebook.[[saiba_mais]]