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Vai ter greve de ônibus em Salvador? Saiba tudo sobre paralisação dos rodoviários

Reunião envolvendo rodoviários e empresas de transporte nesta quarta-feira (27) deve definir futuro do imbróglio

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 27 de maio de 2025 às 18:27

Rodoviários fazem paralisação e atrasam saída de ônibus em Salvador
Rodoviários fazem paralisação e atrasam saída de ônibus em Salvador no dia 30 de abril Crédito: Marina Silva/CORREIO

Depois de mais de 50 dias de negociação entre rodoviários e empresas de transporte de Salvador, os dois lados irão se reunir pela última vez no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Nazaré, nesta quarta-feira (28), para a discussão que pode evitar que a greve aconteça.

A reunião acontece depois que os rodoviários anunciaram que entrarão em greve a partir da próxima quinta-feira (29) por tempo indeterminado. Pela lei, os trabalhadores só podem paralisar as atividades 72 horas após o anúncio oficial. Uma assembleia será realizada na quarta-feira (28), na sede do sindicato.

Apesar disso, o prefeito Bruno Reis garantiu, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (27), que a gestão municipal vai organizar um esquema especial para atender à população. "Vamos procurar oferecer alternativas, seja com o sistema complementar, seja tentando negociar para que parte da frota possa funcionar. O que eu espero é que haja um entendimento. Não é um reajuste que depende do prefeito", disse.

Bruno Reis alertou, no entanto, que um planejamento emergencial pode não suprir a demanda da cidade. “Em caso de greve, nós vamos ter um plano de contingência, mas eventualmente ele não atende toda a cidade. A gente vai tentar negociar que parte da frota, inclusive, continue funcionando. Um plano que utiliza o sistema complementar, o sistema de metrô, todos os outros sistemas alternativos ao transporte público. Então vamos tentar negociar para o BRT continuar assim como outros serviços”, informou.

O prefeito também revelou que conversou com as empresas para pedir bom senso nas negociações. "Fiz um apelo para que eles cheguem a um entendimento, esse não é um reajuste que depende da prefeitura, é algo da relação entre empregador e empregado. Amanhã, tem a última audiência de conciliação e os empresários já entraram com o dissídio e eu espero que amanhã eles possam se entender", afirmou. 

Segundo o artigo 11 da Lei nº 7.783/1989, conhecido como Lei de Greve, os sindicatos e empregadores devem garantir, durante greves em serviços essenciais, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. A lei não define um percentual fixo de operação e as partes envolvidas devem estabelecer esse contigente em negociações.

Caso não haja acordo entre as partes, a Justiça fica responsável por determinar o percentual mínimo de operação durante as greves. O Sindicato dos Rodoviários foi questionado sobre o percentual da frota que irá operar no caso de uma possível greve, mas não respondeu. Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Seteps) não revelou detalhes sobre um possível plano de contingência. 

Procurada, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob) disse que apesar da pasta acreditar na solução negociada, a equipe técnica está finalizando o plano de contingência.

Quais são as reinvidicações dos rodoviários?

- Reajuste salarial de acordo com a inflação e ganho real de 5%;

- Licenças com remuneração;

- Tickets de benefícios;

- Banheiros femininos nos terminais;

- Cumprimento das mudanças na escala de folga, segundo os trabalhadores elas têm sido alteradas sem aviso prévio;

- Respeito à jornada máxima de 7 horas diárias, que estaria sendo descumprida por parte das empresas.

O Seteps foi questionado sobre as possíveis contrapropostas que devem oferecer aos rodoviários na reunião da quarta-feira (28), mas disse que não pode revelar mais detalhes antes do evento.

Rodoviários fazem paralisação e atrasam saída de ônibus em Salvador por Marina Silva/CORREIO

Os rodoviários de Salvador atrasaram a saída dos ônibus em duas garagens no dia 30 de abril. O serviço foi retomado às 8h e aconteceu na G2 Plataforma e G3 OT Trans. No total, 69 linhas foram diretamente impactadas, sendo atendidas com frota emergencial redistribuída de acordo com a demanda operacional. Os principais bairros afetados foram: Sussuarana, Tancredo Neves, Pirajá e região, Castelo Branco e Águas Claras. Ao todo, 430 coletivos estão sem circular na capital baiana.