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Projeto acontece no Centro Cultural Plataforma a partir desta quarta-feira (28)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2018 às 09:53
- Atualizado há um ano
Para discutir e fortalecer a representatividade negra no campo do cinema e do audiovisual, o coletivo de cinema negro Tela Preta promove sessões gratuitas de curtas e longas no Centro Cultural Plataforma a partir desta quarta-feira (28). A ação faz parte do Cineclube Tela Preta, que segue sendo realizado até maio no espaço. Com sessões às 15h e 18h, o projeto visa promover a reflexão acerca do processo criativo do cinema negro e a circulação das obras produzidas por afrodescendentes.
No total, serão 10 sessões gratuitas, seguidas de debates com cineastas e realizadores, possibilitando, desse modo, um olhar para as obras sob outra perspectiva: a de quem produz e para quem é produzido, abrindo o diálogo do processo criativo e do saber cinematográfico das obras, bem como as narrativas e as questões que elas suscitam perante a sociedade.
A abertura contará com o longa Maestrina da Favela (2017), direção da norte-americana Falani Spivey, e a presença de Iris Oliveira, Urânia Muzanzu e Rosana Chagas e Elem Maestrina.
Os encontros contarão com quatro rodas de conversa: Fotografia Negra que refletirá sobre fotografia em pele negra; Políticas Afirmativas, que falará das políticas públicas no campo do cinema; Circulou, discorrendo sobre a criação de espaços circulação dos filmes; e por fim, Cineclubismo, mesa especial que homenageará o cineclubista baiano, Luís Orlando.
"Pensar cinema negro é literalmente romper a fronteira entre o sujeito que filma e quem é filmado”, reitera a cineasta Larissa Fulana de Tal, que ressalta a importância de refletirmos as relações cotidianas sobre o efeito do que passa nas telas e como esse olhar crítico está sendo construído. (Foto: Reprodução/ Facebook) “A relação em como os outros nos vêem já sabemos, está no cinema, na TV, na propaganda, na rua. É estereótipo, e esta é uma palavra que reduz e sintetiza muito como os outros nos vêem, mas como a gente se vê? É uma pergunta que impulsiona, pois possibilita novas narrativas, novos olhares, uma nova estética, novas linguagens direcionadas a este espelho da auto representação”, destaca.