Comitê Paralímpico veta Rússia nos Jogos de Pyeongchang

Entidade informou que de 30 a 35 atletas poderão competir sob bandeira neutra em cinco modalidades do grande evento

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  • Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 19:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Kirill Kudryavtsev/AFP

A Rússia teve a sua participação na Paralimpíada de Inverno de 2018, marcada para ocorrer entre os dias 8 e 18 de março, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, oficialmente vetada ontem. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou que manteve a suspensão ao país, punido por envolvimento em grande escândalo de doping. No entanto, a entidade informou que de 30 a 35 atletas poderão competir sob bandeira neutra em cinco modalidades do grande evento. Situação semelhante ocorreu com os russos para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que serão entre 9 e 25 de fevereiro, também em Pyeongchang. 

A nação também foi impedida de disputar a competição por causa do esquema de dopagem revelado nos últimos anos, mas também contou com 169 atletas convidados a participar do evento na condição de neutros. 

Os competidores russos liberados a competir na Paralimpíada de Inverno nesta condição poderão estar presentes nas disputas do esqui alpino, o biatlo, do esqui cross-country, do snowboard e do curling em cadeira de rodas em solo sul-coreano. 

“Não recompensamos a Rússia, mas permitimos que esportistas que cremos que estão limpos compitam sob uma bandeira neutra”, ressaltou o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC, ontem, em Bonn, na Alemanha. Esta será a segunda edição dos Jogos Paralímpicos sem a presença da Rússia como nação no quadro de medalhas. 

A primeira ocorreu na Paralimpíada do Rio, no ano passado, mas Parsons reconheceu que o país avançou no combate ao doping.  Os russos que forem liberados para competir nesta próxima Paralimpíada também terão de passar por controles antidoping adicionais e participar de um curso sobre a luta contra o uso de substâncias proibidas no esporte. 

O IPC já havia suspendido a Rússia em agosto de 2015, então quando a entidade ainda era comandada por Philip Craven, antecessor de Parsons. Na ocasião, o dirigente descreveu o uso de doping como uma prática endêmica no esporte russo.