Que Bahia é essa?

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  • Armando Avena

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 02:31

- Atualizado há um ano

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Sob a ótica econômica, que Bahia é essa em que vivemos?  Os dados divulgados na semana passada pelo IBGE, permitem verificar que a Bahia tem um PIB de R$ 245 bilhões e é a 7ª economia do país, disputando pari passu com Santa Catarina o 6º lugar, ambos representando em torno de 4,2% do PIB brasileiro. Parece pouco, mas não é: a economia baiana é a 7ª maior economia da América do Sul, tem um PIB maior do que o do Equador e do Uruguai e maior do que muitos países da Europa, como a Croácia, Islândia e outros. 

A Bahia representa cerca de 30% da economia nordestina e seu PIB representa mais da metade do PIB de Minas Gerais o 3º estado mais rico do país. A economia baiana  é diversificada, mas muito dependente do setor público que responde por 20%  do PIB. Outros estados são menos dependentes, como São Paulo, onde o setor público representa apenas 10%. O setor Serviços privados é o mais importante, contribuindo com 50% da formação do PIB, com destaque para Comércio e Atividades Imobiliárias. 

Entre os setores produtivos, a Agropecuária detém pouco mais de 8% do PIB baiano, enquanto a Indústria contribui com  23%.  A indústria de transformação, que chegou a representar apenas 6,6% do PIB, começou a se recuperar em 2012 e com o fim da desastrada política da presidente Dilma Rousseff de conter os preços do refino da Petrobras deu um salto, elevando sua participação no PIB de 8% em 2014, para 11,3% em 2015, um ano de recessão. 

Mas, naturalmente, esse foi apenas um efeito no preço, pois a produção continuou caindo. Um destaque interessante no perfil da economia baiana é que juntando-se as atividade de construção civil, que representa  8% do PIB, com as atividades imobiliárias, corretagem e dezenas de outros serviços vinculados ao setor, o mercado imobiliário atinge 20% do PIB.

 Já o Turismo, se for considerado apenas como as atividades de alojamento e alimentação, representa somente 3% do PIB, mas se forem  agregadas outras atividades de serviços relacionados, essa proporção dobra. O mesmo acontece com a Agropecuária que, se forem considerados outros segmentos, forma o setor do Agronegócio com uma participação da ordem de 20%.

Turismo no fórum O turismo foi tema recorrente no IV Fórum Bahia Econômica, aberto pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na abertura, o consultor Marcos Troyjo disse que o turismo é a grande vantagem competitiva da Bahia. Já no último painel do evento, que reuniu o CEO da Vinci Airports Brasil, José Luís Meghini, o secretário de Turismo da Bahia, José Alves, o chefe da Casa Civil da prefeitura de Salvador, Luiz Carrera, e o chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura da Bahia, Ivan Barbosa, o assunto ferveu. 

O secretário de Turismo, José Alves, reafirmou que o governo do estado vai fazer o Centro de Convenções na região do Parque de Exposições, através da uma PPP (parceria público-privada), enquanto o chefe da Casa Civil de Salvador, Luiz Carrera, afirmou que a prefeitura começará a construção do Centro de Convenções municipal no parque do Aeroclube já em abril ou maio do ano que vem. Ambos concordaram que a capital baiana comporta mais de um Centro de Convenções. 

Já o CEO da Vinci, José Luís Meghini, lembrou que não se pode colocar a perspectiva de crescimento do turismo da Bahia vinculada apenas à existência ou não do Centro de Convenções. Segundo ele, outras questões são mais importantes, como a mobilidade e a segurança pública. Alves anunciou que o governo vai lançar nos próximos dias campanha publicitária para divulgação do destino Bahia nacionalmente. Carrera listou dezenas de obras que serão iniciadas, destacando a reformulação de vários trechos da orla de Salvador e o BRT, cujas obras começam ano que vem.  

Para completar,  o chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura, Ivan Barbosa, disse que turismo se faz com três C: comida, cultura e circulação, lembrando que Salvador tem os dois primeiros para dar e vender e que agora passa a ter o terceiro com as obras de mobilidade em toda a cidade.

A retomada em Salvador Salvador vai voltar a ser o maior PIB do Nordeste em 2018. Em 2014, último dado disponível, o PIB de Salvador foi de R$ 56,6 bilhões, enquanto o de Fortaleza foi de R$ 56,7 bilhões, ou seja, as duas cidades estão praticamente empatadas. Mas em Salvador, além do comércio e dos serviços, dois dos principais segmentos econômicos estão dando sinais de que a retomada do crescimento será expressiva: o turismo e a atividade imobiliária. 

No caso do turismo, que operou este ano com uma taxa de ocupação relativamente baixa, a requalificação da cidade, a ampliação da grade de eventos, com destaque para o Réveillon, Carnaval e shows internacionais, e o início da construção do centro de convenções, já em abril ou maio, vão impulsionar o setor. Já a atividade imobiliária, que apenas engatinha uma recuperação, terá no médio prazo uma Salvador com novos espaços urbanos prontos para ocupação. As novas avenidas, como a 25 de Março e Gal Costa, a projetada Via Atlântica,  a nova rodoviária, o metrô e o BRT abrem novas perspectivas de ocupação imobiliária na cidade.

Prefeito na Fiesp O prefeito ACM Neto vai fazer palestra na poderosa Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, no próximo dia 6 de dezembro. O tema será o Salvador 360, programa lançado pela prefeitura e que prevê investimentos, entre outros, em sustentabilidade, economia criativa e um hub digital. O objetivo é atrair empresas interessadas em investir em Salvador.

Reféns dos bancos O brasileiro é refém dos bancos. Diferente de outros países, os bancos no Brasil entram na conta do cliente e debitam valores sem qualquer autorização. Sequer consultam quando aumentam as tarifas. Agora, sob o pretexto de aumentar a segurança, os bancos impedem que o cliente tenha acesso completo a sua conta, impondo limites de valores aos pagamentos de boletos, às transferências e aos saques. Outro dia, um cliente foi pagar um boleto de R$ 15.700 no Banco do Brasil, referente a uma conta de condomínio. Foi impossível, fosse pela internet ou pelo autoatendimento, por conta dos limites estabelecidos. No Bradesco é a mesma burocracia.