Universitário acusado de estupro é encaminhado para penitenciária

Douglas é acusado de se masturbar na frente de duas colegas de faculdade

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2017 às 18:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORREIO

O estudante de Design Gráfico Douglas Mendes Lopes, de 30 anos, acusado de assédio sexual a alunas da Universidade Salvador (Unifacs), onde ele também estudava, foi encaminhado para a penitenciária nesta quarta-feira (15).

Douglas é acusado de se masturbar na frente de duas colegas de faculdade, mas negou ter cometido o crime. Ele afirmou não conhecer as vítimas, de 19 e 22 anos e disse ter passado na sala das jovens para conseguir dinheiro de transporte.

"Se elas têm o depoimento delas, eu tenho a minha defesa. E eu digo com convicção que não fiz isso. Eu estava na sala apenas ajeitando a minha calça, mas o que acontece é que quando uma mulher fica sozinha com um homem, qualquer coisa ela já pensa que é assédio. Eu só me mexi para consertar a calça, ela achou que eu estava atacando", disse Douglas à imprensa, demonstrando nervosismo.

De acordo com a Polícia Civil, uma das vítimas disse, em depoimento, que o suspeito colocou o pênis para fora e começou a se masturbar no corredor das salas, próximo ao banheiro. A outra jovem afirmou que ele cometeu o ato de se masturbar dentro da sala de aula.

Douglas teve a prisão convertida em preventiva, nesta terça-feira (14), e vai ser encaminhado para a Cadeia Pública, no bairro de Mata Escura, em Salvador - onde vai responder por estupro. A pena para este crime varia de seis a dez anos de prisão. De acordo com a Polícia Civil, Douglas debochou do trabalho da polícia, chegando a falar que logo estaria solto. “Ele se enganou", disse a delegada.

A delegada titular da 16ª Delegacia (Pituba), Maria Selma Lima, contou que outras três pessoas fizeram contato com a delegacia, por telefone, e contaram que tem informações sobre Douglas. Os depoimentos foram agendados para a próxima segunda-feira (20).

Investigação "Foi uma ação conjunta entre a Unifacs, que deu total apoio às vítimas, e a Polícia Civil. Já havia uma investigação interna apurando o primeiro caso e, então, pegamos ele. Outras duas pessoas ainda devem vir prestar queixa contra ele, ligaram e se identificaram como alunas da Unijorge, onde ele também estudou", afirmou Maria Selma.

Segundo a delegada, Douglas não tem passagem pela polícia e negou o crime em interrogatório. "Ele parece um maníaco. Negou tudo, não assumiu uma vírgula do que as vítimas relataram. Acontecia sempre distante das outras pessoas, sempre nesse horário, por volta de 18h, antes das aulas", salientou. O suspeitou disse à imprensa que cursava o primeiro período na instituição, de onde foi expulso no dia do crime.

A Unifacs informou que tomou conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual durante a semana passada. "A instituição apurou os fatos, dando apoio aos alunos e familiares envolvidos na situação, com acompanhamento integral de profissionais das áreas jurídica e de serviço social", afirmou a instituição, por meio de nota.

Ainda de acordo com a universidade, Douglas foi expulso após uma sindicância interna e a apuração por parte dos órgãos públicos legais. "A Universidade Salvador repudia qualquer ato de assédio e violência de gênero dentro e fora da instituição. Encorajamos todas as mulheres vítimas de abuso a denunciarem", acrescenta.

[[saiba_mais]]