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Programas sociais movimentaram mais de R$ 21 milhu00f5es em gerau00e7u00e3o de renda somente em 2021
Donaldson Gomes
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 15:00
- Atualizado há um ano
Com uma ampla base florestal, a Suzano está presente em mais de 200 municípios brasileiros. Na Bahia, a empresa produz cerca de dois milhões de toneladas de celulose, 250 mil toneladas de papel e 60 mil toneladas de papeis sanitários, na unidade em Mucuri, Extremo Sul do estado. As atividades empregam diretamente mais de 7 mil colaboradores, entre próprios e terceiros. Com ações sociais, a companhia impactou cerca de 7 mil pessoas no último ano, que receberam assistência técnica e incentivo para suas atividades e desenvolvimento. Os programas sociais movimentaram mais de R$ 21 milhões em geração de renda somente em 2021.
Quem é Mariana Lisbôa é líder global de Relações Corporativas da Suzano S.A., advogada com experiência na área ambiental. É presidente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF). Na Suzano, é responsável por monitorar e gerenciar questões governamentais e institucionais nos níveis internacional, federal, estadual e em mais de 200 municípios brasileiros. Também é responsável por assessorar e representar a empresa junto a governos, órgãos reguladores, entidades setoriais e associações de classe.
Qual é o tamanho da operação da Suzano na Bahia? A Suzano possui 12 fábricas espalhadas pelo Brasil, estando uma delas situada no município de Mucuri, no extremo-sul da Bahia, na qual produzimos papel de imprimir e escrever, celulose e tissue (papeis sanitários). Além disso, temos um importante centro de distribuição no estado e contamos com um escritório em Salvador. A Suzano possui uma base florestal diversa, que na Bahia soma cerca de 360 mil hectares (ha), sendo mais de um terço de área de preservação ambiental e 200 mil ha de área de plantio de eucalipto.
Qual o impacto econômico estimado da presença da empresa no estado? Um dos nossos lemas é gerar e compartilhar valor, assim, nossa operação impacta economicamente toda a cadeia produtiva na oferta significativa de postos de trabalho, alto nível de produção e geração de renda. Produzimos cerca de dois milhões de toneladas de celulose de mercado, 250 mil toneladas de papel e 60 mil toneladas de papeis sanitários somente na região de Mucuri. Hoje, nossas atividades empregam diretamente mais de 7 mil colaboradores, entre próprios e terceiros. Com ações sociais da companhia, impactamos cerca de 7 mil pessoas no último ano, que receberam assistência técnica e incentivo para suas atividades e desenvolvimento. Nossos programas movimentaram mais de R$21 milhões em geração de renda somente em 2021.
Como a Suzano enxerga a pauta ESG e o que a empresa tem feito para atender esta agenda? A pauta ESG está no DNA da Suzano e permeia todas as nossas ações, desde os plantios de eucalipto até o nosso produto final. Assumimos o que chamamos “Compromissos para Renovar a Vida”: 15 metas de longo prazo que têm como base os princípios da agenda ESG. Diante da complexidade dos desafios e das oportunidades existentes, a Suzano construiu sua Estratégia de Sustentabilidade de forma colaborativa, considerando a multiplicidade de visões de seus públicos de relacionamento. Estamos comprometidos em ampliar nosso papel na cadeia de valor e na sociedade por meio dessas metas, estabelecendo o ano de 2030 como prazo para seu alcance, o mesmo período que a Organização das Nações Unidas (ONU) chama de Década da Ação para transformar a realidade em que estamos inseridos. Nossas metas estão atreladas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e nossos compromissos incluem: metas sociais, como promover a diversidade e inclusão, alcançando 30% de mulheres e 30% de pessoas negras em cargos de liderança, ter um ambiente 100% inclusivo para pessoas LGBTQIAP+, garantir 100% de acessibilidade e ambiente inclusivo para pessoas deficientes, tirar 200 mil pessoas da linha de pobreza em nossas áreas de atuação e aumentar em 40% o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica nos municípios considerados por nós prioritários. Paralelamente, no quesito de metas de sustentabilidade, temos a redução de 70% dos resíduos sólidos industriais destinados para aterros próprios ou terceiros, transformando-os em subprodutos; aumento em 50% da exportação de energia renovável; aumento da disponibilidade hídrica em todas as bacias hidrográficas críticas; redução em 15% da água captada em nossas operações; conectar 500 mil hectares de fragmentos de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia e, por fim, disponibilizar mais de 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável até 2030 para substituir o plástico e outros derivados do petróleo. Da mesma forma, para atingir o pilar G, de Governança Corporativa, temos nos empenhado em sermos cada vez mais transparentes e seguir boas práticas. Recentemente, migramos, inclusive, para o Novo Mercado de nossa bolsa de valores B3, que firmou-se como um segmento destinado à negociação de ações de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira.
Quais são os maiores desafios para uma atuação responsável ambientalmente, socialmente e de governança? Os desafios relacionados aos compromissos para renovar a vida são múltiplos, mas o maior deles é conseguir cumprir tudo o que estamos nos comprometendo. Para isso, após a divulgação de suas Metas de Longo Prazo, a Suzano desenvolveu um modelo de governança que permite o monitoramento sistêmico dos principais indicadores, riscos e oportunidades relacionados aos compromissos assumidos. Nossa estrutura de governança conta com um grupo formado por Diretores, responsáveis pela gestão estratégica e análise crítica das metas, além de oito grupos de trabalho, compostos de representantes de diversas áreas, que atuam no dia a dia para garantir que todos os compromissos sejam alcançados. Em 2020, também avançamos na integração da estratégia de sustentabilidade às diferentes frentes do nosso negócio, atrelando as Metas de Longo Prazo à remuneração variável de Diretores e Gerentes.
Que projetos nas áreas ambiental e social a senhora pode destacar na região? A Suzano tem diferentes projetos na região, relacionados a agricultura, educação, saúde, entre outros. O Programa de Desenvolvimento Rural Territorial, por exemplo, tem como objetivo participar do desenvolvimento territorial por meio do diálogo, fortalecendo suas organizações e redes, apoiando as atividades agrícolas e pecuárias através de um serviço qualificado de Assistência Técnica e Extensão Rural. Em 2021, o programa teve mais de 4 mil pessoas beneficiadas e mais de 17 milhões de reais em geração de renda. Já o Programa Colmeias trabalha com a promoção e o fortalecimento da cadeia apícola, contribuindo para a qualidade de vida das comunidades contempladas, a conservação do meio ambiente e para a geração de renda, tendo em 2021 acumulado o valor de 2 milhões de reais, para as comunidades. Temos, ainda, programas desenvolvidos em parceria com as prefeituras, como o Suzano Educação, que busca, por meio da qualificação de professores, melhorar a metodologia de ensino e consequentemente os índices da Educação Básica. O Projeto Planos da Mata, ação em parceria com a Organização Não Governamental SOS Mata Atlântica, também tem um foco ambiental. Municípios, sociedade civil organizada e Suzano discutem a questão do território e definem os planos municipais da Mata Atlântica. Esse projeto está sendo desenvolvido em municípios do extremo sul da Bahia, no norte do Espírito Santo e em Minas Gerais. Em Mucuri, trabalhamos como mantenedores da Associação Comunitária Golfinho. Uma entidade que foi criada há mais de 25 anos em Mucuri e que busca promover atividades com crianças, adolescentes e adultos em estado de vulnerabilidade social, suprindo demandas em saúde, cultura e educação. O projeto já atendeu mais de 14 mil pessoas e hoje a associação conta com mais de 300 alunos. Temos um trabalho contínuo de mapeamento de ações que possam contribuir para o alcance das metas de longo prazo, especialmente as ligadas à redução da pobreza. Assim, ao identificar ações com foco em geração de renda, empreendedorismo jovem e feminino, buscamos parceiros para colocar essas ideias em prática, contribuindo com recursos e assistência técnica para mudar realidades e promover o desenvolvimento regional.
A região do Extremo Sul da Bahia concentra um volume considerável de operações na área florestal. Quais são os atrativos que o estado tem para investimentos nesta área e quais são os maiores desafios? Quando consideramos as necessidades propícias para as atividades florestais, é possível dizer que o principal atrativo da região do extremo-sul da Bahia é o clima, em especial a disponibilidade de sol e chuva durante a maior parte do ano, que é característica da região e importante fator para o rápido crescimento dos plantios de eucalipto. Os maiores desafios ficam por conta de infraestrutura logística e da distância entre as cidades, em um estado com dimensão continental como a Bahia. A boa relação com o governo em suas dimensões municipal e estadual também é preponderante para que se tenha um ambiente adequado ao desenvolvimento e expansão do nosso negócio, o que contribuirá, consequentemente, para o crescimento e desenvolvimento dos municípios em que atuamos e do estado.
O Agenda Bahia 2022 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Acelen e Unipar, parceria da Braskem e Rede+, apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador, Fieb, Sebrae, Rede Bahia e GFM 90,1 e Apoio da Suzano, Wilson Sons, Unifacs, HELA, Socializa e Yazo