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Bahia é o 2° estado do Brasil com mais assassinatos de pessoas trans e travestis


 

Relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) foi divulgado nesta sexta-feira (28)

  • Da Redação

Publicado em 28/01/2022 às 18:28:00
Atualizado em 20/05/2023 às 07:42:01
. Crédito: Reprodução

A Bahia saiu da terceira para segunda posição no ranking de assassinatos de pessoas trans e travestis em 2021. O dado é do relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado nesta sexta-feira (28). Treze ocorrências de morte violenta foram registradas no período. 

Mesmo avançando para a segunda posição, o cenário é menos pior em relação ao ano anterior, já que uma redução de 32% também foi confirmada. O levantamento da Antra é feito de forma quantitativa, porque o Brasil não produz dados demográficos a respeito da população trans. Assim como nos anos de 2017 e 2018, a Bahia fica atrás apenas de São Paulo. 

De acordo com o relatório, em todo o território nacional, pelo menos 140 vítimas destes grupos foram assassinadas. Do total, 135 eram travestis/mulheres trans, que correspondem a 96% dos casos. As outras cinco eram homens trans. 

A maioria das pessoas trans vítimas de assassinato em 2021 tinha entre 18 e 29 anos: 53% delas, o que indica a morte prematura de jovens. Em 28% dos registros, as idades variavam entre 30 e 39 anos.

Trans com idades entre 40 e 49 anos representam 10% das mortas, já no caso das vítimas entre 50 e 59 anos o percentual é de 3%.

Além disso, a Antra contabilizou um caso de pessoa trans assinada em 2021 com mais de 60 anos.

Em relação à ração e etnia, 81% são pessoas pretas ou pardas, 18% brancas e 1% indígenas.