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Brasil e Bahia fecham 2017 com saldo positivo de empregos formais


 

Estado terminou o ano com saldo de 839 vagas com carteira assinada

  • Da Redação

Publicado em 27/01/2018 às 15:48:25
Atualizado em 18/04/2023 às 00:17:06

Depois de uma relativa estabilidade nos números da economia brasileira em 2017, já era hora do mercado de trabalho dar sinais de reaquecimento. Foi isso que mostrou o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para 2017. Os números divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho apontam que o resultado do ano passado foi o melhor em três anos, apesar de ter fechado o acumulado de 12 meses com saldo negativo de 20.832 vagas com carteira assinada.

Isso porque desde 2014 - quando foram criadas 420,69 mil vagas – os números eram ainda piores. Em 2015 e 2016, foram 1,534 milhão e 1,326 milhão de vagas a menos, respectivamente. “Aqueles foram os piores resultados da série histórica do Caged, mas em 2017 o impacto positivo das medidas do governo já foi sentido, revertendo a tendência de retração do mercado de trabalho formal”, afirmou o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

O saldo de 2017 é a diferença entre as contratações (14.635.899) e as de demissões (14.656.731) registradas no ano. “Para os padrões do Caged, essa redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário otimista neste ano que está começando”, disse.

Setores  No ano passado, a geração de empregos formais foi liderada pelo Comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram registradas perdas de 197.495 vagas, e de 2015, quando foram fechados 212.756 postos.   Também houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 37.004 postos em 2017, revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas); e em Serviços, com 36.945 novos postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927, respectivamente).   Já a Construção Civil e a Indústria de Transformação tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). 

Bahia Os baianos têm ainda mais motivos para comemorar o balanço anual do Caged. O saldo entre admitidos e dispensados em 2017 ficou positivo em 839 vagas com carteira assinada. Na análise por setores, o destaque foi a Construção Civil, que eliminou 6.522 postos de trabalho formais no ano. O comércio extinguiu 833 vagas, ao todo, mas o comportamento foi diferente em seus subsetores. Enquanto o comércio varejista desligou 2.021 trabalhadores, o comércio atacadista contratou 1.188 em 2017. Extrativa Mineral também fechou postos (-127).

Por outro lado, os setores com saldo positivo de emprego foram Serviços (2.508), Agropecuária (2.152), Administração Pública (1.852), Serviços Industriais de Utilidade Pública (1.132) e Indústria de Transformação (677).

Mulheres Os números do Caged mostram ainda, no que diz respeito aos dados nacionais, que as mulheres foram mais atingidas pelo desemprego no ano passado: o número de demissão de mulheres superou o de contratações em 42.526 postos. Já para os homens, o resultado ficou positivo: 21.694 vagas abertas a mais do que fechadas.

De acordo com Mário Magalhães, do Ministério do Trabalho, o resultado está relacionado com a recuperação mais acelerada, em 2017, de setores da economia que “tipicamente” criam postos para homens, como é o caso da agricultura e repositor de mercadorias. Veja no quadro abaixo as ocupações que mais demitiram.