Explosão que matou dois e feriu três em mina foi de 'dinamite não programada'
Corpos de vítima foram enterrados em Serrinha
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Mario Bitencourt
mario.bitencourt@redebahia.com.br
A explosão que matou dois homens e feriu outros três na noite de quinta-feira (28) numa mina de ouro em Teofilândia, Nordeste da Bahia, foi causada por uma “dinamite não programada”, informou neste sábado (2) a Polícia Civil, que investiga o caso.
Num comunicado, a polícia informou que a informação é “preliminar” e que “somente um laudo pericial poderá determinar o que ocorreu”. A mina é da Fazenda Brasileiro Desenvolvimento Mineral (FBDM), empresa controlada pela mineradora LeaGold.
Em nota, também neste sábado, a LeaGold negou usar dinamites em suas minas e informou que “usa emulsão explosiva em todas as suas detonações, seguindo as melhores práticas. Esta é a opção mais segura disponível no mercado”.
As vítimas fatais da explosão são Leomar Brito Cordeiro e Murilo Souza de Oliveira, que eram naturais de Serrinha, no Centro-norte baiano, e cujos corpos foram sepultados, respectivamente, nesta sexta e sábado.
Os mineiros feridos na explosão, cujos nomes não foram revelados, receberam alta nesta sexta, após receberem atendimento médico. As vítimas fatais também chegaram a ser socorridos ao Hospital Municipal de Teofilândia, onde morreram.
A explosão ocorreu numa mina subterrânea, por volta das 22h30, no terceiro turno de trabalho. Num comunicado, a LeaGold informou que “está dando todo o apoio aos envolvidos e familiares neste momento”.
“As autoridades policiais e instituições foram acionadas para avaliação da situação e a FBDM está totalmente mobilizada para que o acidente seja investigado e esclarecido o mais breve possível”, afirma.
Segundo a mineradora, “uma equipe da empresa também está investigando o ocorrido, conforme determina seu Sistema de Gestão de Segurança”, e diz ainda que “a FBDM e seus funcionários prestam as mais sinceras condolências às famílias dos colegas vitimados pelo acidente”.
Procurada para comentar o caso, a Agência Nacional de Mineração não respondeu.