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Amantes acusados de encomendar morte do marido por R$ 50 são presos


 

Caso foi na capital de Minas Gerais; mulher nega qualquer envolvimento com crime

  • Da Redação

Publicado em 10/07/2019 às 19:35:00
Atualizado em 20/04/2023 às 00:20:07
. Crédito: Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma mulher e um homem, que segudo a polícia são amantes, foram presos por suspeita de mandarem matar o marido dela, em Belo Horizonte, no início do mês. A suspeita é que Luciane Araújo da Silva, 37 anos, pagou R$ 50 para o transporte dos executores, que eram amigos do amante. Joaniz Divino de Almeida, 32 anos, foi morto em casa no dia 2 de julho.

Luciane era casada com Joaniz, mas mantinha um relacionamento há cerca de seis meses com Samuel Felipe da Paixão, 18. Ela contava ao amante que o marido a agredia sempre e combinou com ele a morte de Joaniz.

A investigação aponta que Luciane queria matar o marido por conta de um seguro de vida de R$ 30 mil e uma casa que está em fase final de construição na Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, avaliada em R$ 300 mil.

Samuel então chamou alguns amigos dele da Pedreira Padro Lopes, uma favela de BH, porque disse que não tinha coragem de matar Joaniz. 

No dia do crime, Luciane contou que bandidos invadiram o imóvel em que o casal morava por volta das 11h. Eles a obrigaram a sair da casa, alegou ela. A polícia descobriu que na verdade ela saiu de casa e foi para um bar próximo beber enquanto deixou o marido com os criminosos. Depois, ela foi para outro bairro comprar um guarda-roupa para a casa nova.

Ao voltar, Luciane encontrou o corpo de Joaniz na sala. Ela ligou para o irmão do marido, sem chamar a polícia ou o socorro. Quando o cunhado chegou, ela afirmou que estava muito cansada e iria se deitar. No mesmo dia, ela e Samuel foram presos. Samuel diz que "só" intermediou  crime (Foto: Reprodução/TV Globo) Apresentado à imprensa nesta quarta (10), Samuel confessou que contratou conhecidos para a execução. Ele caracterizou sua relação com Luciane como uma "amizade colorida" e afirmou que fez apenas intermediar o crime, sem participar diretamente na morte de Joaniz.

Já Luciane negou qualquer envolvimento com a morte do marido. Afirmou que Samuel foi quem matou Joaniz porque "gosta de matar".

Os dois, se condenados por homicídio triplamente qualificado, podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.