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Confira os livros que os atores levaram na hora de votar


 

Neste Dia Nacional do Livro, saiba mais sobre as obras críticas que os famosos levaram para as urnas

  • Da Redação

Publicado em 29/10/2018 às 19:10:00
Atualizado em 19/04/2023 às 02:19:05
. Crédito: Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira (29), é comemorado o Dia Nacional do Livro, mas quem passou pelo feed do Instagram ontem (28), pode ter pensado que a data foi antecipada. Acontece que no segundo turno de votação para a definição do novo presidente do Brasil, que aconteceu neste domingo, os eleitores passaram a aderir um movimento iniciado na rede social, que incentivava os cidadãos a levarem livros com críticas sociais para as cabines eleitorais. Famosos diversos seguiram a onda reflexiva e levaram livros que iam desde os mais poéticos aos mais históricos.  Alguns dos atores mais conhecidos pelo público nacional não ficaram de fora do movimento, que começou em apoio ao ex-candidato Fernando Haddad, mas acabou indo além. As obras, que foram muito compartilhadas na rede social imagética, ficaram misturadas entre nacionais e internacionais. Os livros escolhidos tratam de temas variados, como amor, respeito, feminismo e outros tópicos contra preconceitos.  O CORREIO separou alguns dos títulos, de gêneros diversos, que estiveram nas mãos dos atores no momento de votação. Confira a lista com indicações: Camila Pitanga levou: Uma das biografias de Nelson Mandela / A filha de Camila, Antônia, levou: Fico Besta Quando Me Entendem Sobre o livro que a filha de Camila levou: Uma das mais importantes vozes literárias do Brasil, Hilda Hilst (1930 - 2004) se queixou durante toda a vida do silêncio em torno de sua obra - incompreensão da crítica, distância do público e descaso dos editores. As vinte entrevistas reunidas em 'Fico besta quando me entendem', foram feitas de 1952 a 2002 em diversas ocasiões, como o lançamento de um de seus títulos, a estreia de uma de suas peças ou, mais tarde, em uma homenagem e tentativa de compreender sua obra. Mais do que pretender dar voz às queixas que foram responsáveis por uma imagem muitas vezes arredia da autora, a reunião dessas conversas é uma preciosa aproximação de seu universo, da forma como Hilda encarava a vida, a literatura, os amigos, o amor e a morte. E desvendam, ao longo de vinte anos, uma mulher sensível, bem humorada, ávida por ser lida - não apenas por vaidade, mas pela certeza de ter o que comunicar. Considerada uma das mais importantes escritoras contemporâneas do Brasil, Hilda Hilst produziu, ao longo de cinquenta anos, um universo literário composto de poesia, teatro, prosa de ficção e crônicas. Seu texto, muitas vezes considerado controverso pela crítica, é denso, duro, viril, mas mantém o lirismo da poeta e a vontade de comunicar os mistérios do mundo. Nesse emaranhado literário, muitas vezes o leitor se perde; há um limite entre a prosa e a poesia? A prosa não pode ser também lida teatralmente? A sátira das crônicas não está também presente em alguns poemas? A crítica tem se voltado à tentativa de compreender essas questões. No entanto, o que se vê com as entrevistas reunidas em Fico besta quando me entendem é que quem é mais capaz de determinar essas fronteiras entre os gêneros literários produzidos por Hilda Hilst é ela mesma.Leticia Colin levou: Insubmissas Lágrimas de Mulheres (de Conceição Evaristo) O elo fundido com técnica literária irrepreensível e grande força de sentimentos apresentado em “Insubmissas lágrimas de mulheres”, se revela um retrato de solidariedade e afeição feminina, por tocar no que é essencial, no que move, no que aproxima e une mulheres e, em espacial, mulheres negras. Os afetos, reflexões e deslocamentos que os contos de Insubmissas lágrimas de mulheres nos causam, são frutos que só a boa literatura, a que salva, pode nos trazer, reafirmando o lugar de destaque ocupado por Conceição Evaristo na literatura brasileira.Mel Lisboa levou: Os Miseráveis (de Victor Hugo) A França viveu um período especialmente conturbado na primeira metade do século XIX. A monarquia foi restaurada, os ideais conquistados pela Revolução foram deixados de lado e a maioria da população vivia em condições de extrema pobreza, o que levou a uma série de revoluções populares. Esse é o contexto retratado por Victor Hugo, principal expoente do Romantismo francês, em Os miseráveis. E é também o cenário em que vivem os antagonistas Jean Valjean e Javert. O primeiro é um ex-presidiário que, depois de ser marginalizado pela sociedade, recebe uma ajuda inesperada e parte em busca de um recomeço e de sua redenção. O segundo, um inspetor com ideais rígidos de justiça, tem uma visão de mundo sempre filtrada pelas lentes da lei. A partir dos embates entre esses dois personagens de caracteres tão opostos, Victor Hugo desenvolve uma trama articulada, que explora os dilemas morais de cada um ao mesmo tempo em que revela de maneira crítica os conflitos sociais da época. Ao retratar uma realidade de penúrias e revoltas, este clássico, apresentado aqui em edição adaptada, inspira a esperança por uma sociedade mais justa e humana, ecoando até os dias atuais.Mariana Xavier levou: Outros Jeitos de Usar a Boca (de Rupi Kaur)Visualizar esta foto no Instagram.Palavras têm poder. Tire o seu ódio do caminho, que eu quero passar com o meu amor. ???? #maislivrosmenosarmas

Uma publicação compartilhada por Mariana Xavier (@marianaxavieroficial) em 28 de Out, 2018 às 9:13 PDTMaior fenômeno de poesia dos EUA na última década, há mais de 40 semanas no topo das listas de best-sellers. Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume – publicado nos EUA como “milk and honey” – é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.Cláudia Abreu levou: Contos Reunidos (de Rubem Fonseca) Estendendo-se por um período de mais de trinta anos, 'Contos reunidos' contém praticamente todos os contos escritos por Rubem Fonseca de 1963 até 1994. Com apresentação do professor Boris Schnaiderman, Contos reunidos permite conhecer a trajetória desse autor que soube aliar os recursos do romance policial, do jornalismo e do documento científico ao lirismo mais surpreendente e desesperado, para renovar profundamente a forma do conto entre nós.Taís Araújo levou: Um Defeito de Cor (de Ana Maria Gonçalves)  Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens, 'Defeitos de cor' , de Ana Maria Gonçalves, é um romance histórico.Adriana Birolli levou: Quem Sou Eu Para Julgar? (de Papa Francisco)Visualizar esta foto no Instagram.O PERDÃO e a TOLERÂNCIA como caminhos para a PAZ e a HARMONIA de cada um de nós e de TODO O MUNDO. #eleicoes2018 #paz #tolerancia #democracia #cultura #livros #arte #love #life

Uma publicação compartilhada por Adriana Birolli Oficial (@adrianabirolli) em 28 de Out, 2018 às 10:33 PDT A palavra de amor do Papa Francisco, líder mundial e símbolo de diálogo e tolerância. Querido e admirado por católicos e não católicos, o Papa Francisco se tornou uma grande liderança mundial, tanto espiritual quanto política. Extremamente carismático, graças a seu diálogo franco e sua linguagem acolhedora, ele se transformou num símbolo de paz, de harmonia, da compreensão do diferente, nos convocando para refletir sobre os direitos básicos do ser humano, sobre a misericórdia e, por que não, sobre a humanidade de que nosso mundo tanto precisa. Nestes tempos de extrema turbulência e crise de valores, a LeYa publica “Quem sou eu para julgar? ” uma reunião de textos sobre os mais diversos assuntos. Com uma linguagem direta, simples, mas que toca o coração, o Papa nos coloca diante do real valor da vida: nossa relação com o outro, com Deus e com o mundo. O livro chega para a Páscoa, momento de reflexão e partilha, transformando-se num ótimo presente. “Se há uma palavra que devemos repetir, até nos cansarmos, é esta: diálogo. Somos convidados a promover uma cultura do diálogo, procurando por todos os meios abrir instâncias para que isso seja possível e que nos permita reconstruir a estrutura social”, escreve Francisco. Neste livro, o Papa nos chama à prática da compreensão, nos convida a amar o diferente.