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Avenida Sete tem alta procura de clientes na reabertura das lojas


 

Quem foi para a rua alegou a intenção de resolver problemas e encontrar promoções

  • Wendel de Novais

Publicado em 06/04/2021 às 22:58:00
Atualizado em 22/05/2023 às 20:45:20
. Crédito: Foto: Nara Gentil/CORREIO

Quem achou que a preocupação com a situação da pandemia em Salvador poderia tirar boa parte dos clientes dos pontos comerciais no primeiro momento de reabertura, se enganou. Pelo menos, esse não foi o caso na Avenida Sete, que teve movimento intenso durante todo o dia desta terça-feira, 06.

Por lá, as calçadas ficaram cheias de pessoas que saíram de casa por diferentes motivos. Uns alegaram que foram resolver pendências, outros para comprar materiais dos quais precisavam urgentemente e teve até gente que saiu sem precisar de nada específico, mas em busca de promoções que poderiam ocorrer nessa retomada das atividades do comércio.

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Clientes nas ruas

O movimento nas ruas surpreendeu a todos. Maurício Santana, 43, que está desempregado e foi à Avenida Sete resolver problemas, achou que o local estava igualzinho às sextas-feiras antes da pandemia. "Vim resolver umas pendências que eu tenho que desenrolar logo, como pagar contas. Como já tô aqui, aproveitei também para olhar se não tem uma promoção, porque o povo [lojistas] sempre faz. Só não achei que muitos iam fazer a mesma coisa", disse.

Quem também não tinha as compras como foco principal, mas acabou se rendendo às lojas foi Graça Pinto, 68, aposentada que foi ao médico e não resistiu à oportunidade de garantir umas sacolas cheias. "O foco principal era ir para o médico, mas aproveitei para comprar aqui umas coisas que estavam faltando. O preço está bom, mas não vi nenhuma promoção nas lojas ".

Uma senhora, que não quis se identificar, disse que só saiu para resolver um problema que a atormentou no último mês, mas pegou uma fila enorme no Bradesco. "Eu precisava resolver uma questão de desbloqueio nessa agência porque a minha é essa e isso vem se enrolando. Não vou nem aproveitar para olhar preço e nem loja nenhuma. É daqui para casa", garantiu.

Ambulantes esperançosos

Mesmo que nem todos estivessem ali para fazer compras, a grande circulação das pessoas pelas calçadas de Avenida Sete deu esperança aos ambulantes de que essa volta das atividades pudesse ser lucrativa. É o que confirma Osvaldo Souza, 60, que trabalha por lá há três anos.

"A gente olha e vê que pode acontecer algumas coisas, que pelo menos tem gente para comprar. Porque, quanto mais passa gente, mais oportunidades temos de mostrar os nossos produtos e permitir que os clientes se interessem pelo que temos. O movimento está bom, mas esperamos que isso se transforme em vendas", declarou. Ambulantes se preparam para receber clientes e tiveram surpresa com movimento intenso (Foto: Nara Gentil/CORREIO) Antônio Conceição, 46, ambulante há 10 anos no local, também pensa assim. Ele afirmou que o volume de vendas está diretamente relacionado com a quantidade de pessoas que estão nas ruas e podem ter contato visual com os seus morangos.

"A gente tava em casa esperando passar isso pra voltar a ganhar o nosso. Com tudo aberto, é muito mais fácil vender porque tem mais gente na rua e nós já temos a nossa clientela que compra e nos ajuda até que as coisas melhorem", explicou.

*Com a supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro