Navios da Marinha ficam abertos à visitação no Porto de Salvador
A exposição ocorre neste domingo (9), com entrada gratuita
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Luan Santos
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Em tempos de guerra, os chamados navios varredores têm atuação discreta, mas fundamental. São eles que realizaram uma varredura nas águas em busca de minas, utilizando equipamentos capazes de neutralizá-las ou detoná-las a uma distância segura e deixando livre o caminho para fragatas e submarinos passarem.
Quem quiser conhecer uma destas embarcações pode ir ao Porto de Salvador neste domingo (9), das 10h às 17h, para visitar o varredor 'Atalaia' e outros dois navios, o corveta 'Caboclo' e o patrulheiro 'Guaratuba', abertos ao público pelo Comando do 2º Distrito Naval. A visita começou neste sábado (8) e tem entrada gratuita para o público. As visitas acontecem das 10h às 17h (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO) A ação integra a lista de eventos em comemoração ao 154º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, uma das principais ocorridas durante a Guerra do Paraguai e considerada a data magna da Marinha do Brasil. Nos navios, os visitantes podem conhecer o funcionamento dos equipamentos, os canhões, salas de máquinas, painel de controle e outras curiosidades das embarcações, com acompanhamento de integrantes da Marinha, que fazem uma espécie de visita guiada.
“Algumas partes dele são de madeira. Ele passa por cima de uma mina e não explode”, explica o sargento Anildson Araújo, ao apresentar os varredores. Embora o país não esteja em guerra, as embarcações também são utilizadas em operações rotineiras da Marinha. Em todo o Brasil, há quatro varredores e todos eles estão na Bahia. Além do Atalaia, o Albardão, o Araçatuba e o Aratu integram a lista. Sargento Araújo destacou os 154 anos da Batalha Naval do Riachuelo (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO) Quem for visitar as embarcações poderá ver os equipamentos utilizados para desarmar bombas. Por exemplo, o navio conta com um aparelho que emite sons que conseguem, a uma distância segura, ativar e explodir minas. "Ele tem a função de fazer uma carredura para que esquadras, submarinos possam passar", diz o soldado Araújo, ao revelar que os varredores são da década de 1970.
Outros dois navios estão disponíveis para a visitação. O Guaratuba, por sua vez, tem função patrulhadora. Com 46,5 metros de comprimento, desloca 217 toneladas e atinge velocidades de até 25 nós (aproximadamente 46Km/h), ele tem entre suas tarefas a missão de colaborar com os serviços de repressão ao contrabando e ao comércio ilícito. A embarcação, que em 2017 veneu o prêmio ‘Navio de Socorro do Ano’ foi construída pelo estaleiro Peene-Werft, na Alemanha. Interior da embarcação (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO) Já a corveta Caboclo foi construída na Holanda e veio ao Brasil em 1955. A embarcação tem a missão de realizar operações de socorro, salvamento marítimo e patrulha costeira.
Assim como no varredor, nestas embarcações é possível conhecer equipamentos e detalhes. Em ambas, chamam a atenção os canhões situados à frente.