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De súdito a cidadão

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 04:57

. Crédito: .

Nos encontramos mais uma vez, enquanto nação, sociedade, povo e indivíduos, diante da mais exigente avaliação periódica quanto a nossa capacidade de exercício de cidadania: a avaliação quadrienal, em relação à longa e árdua trajetória da construção de uma sociedade próspera e equilibrada: o caminho de súdito a cidadão.

Não existe dúvida que o processo eleitoral é o momento em que devemos escolher nossos representantes para conduzir o país, os estados e os municípios. Deste conceito, quase todos têm consciência, em que pese muitas vezes cometamos graves erros e, lamentavelmente, algumas vezes não tenhamos boas alternativas.

Historicamente, nos tornamos súditos de diversas formas de governo baseados na lógica de existência de uma realeza superior que ordena e súditos que obedecem, fossem sacerdotes, faraós, reis, imperadores, czares. 

A evolução dos meios de comunicação proporcionou verdadeiro sentimento de liberdade e participação, séculos atrás. O acesso digital trouxe inúmeros benefícios e avanços. Porém, a utilização dos meios digitais também vem colocando as pessoas mais afastadas, compartilhando menos e, principalmente, com pouca profundidade nas relações sociopolíticas, sobretudo.

Enquanto isso, falta tempo e energia para a vida participativa em sociedade. Assim, torna-se inviável a construção do mundo real em que vivemos. Tudo isto apenas pode se dar com esforço, atenção e atitudes construtivas. Não existe caminho fácil.

Por isso é que sugiro que devemos refletir profundamente a cada período eleitoral, admitindo que, mais do que os candidatos, quem está sendo avaliado somo nós! Eles nasceram e foram educados por famílias brasileiras! Quanto das atitudes que criticamos, também exercemos, porém não publicamente?

E os servidores públicos por nós remunerados, muitos a níveis bem acima da população geral do país, realmente nos servem? De fato cumprem suas obrigações trabalhando pelo país? Ou também neste ambiente somos súditos, submissos aos servidores públicos da República? Enfrentamos este problema ou contornamos com o “jeitinho” e até desejamos também agir assim, com direitos – contas pagas em um país endividado – sem obrigações de prestar bons serviços e cumprir prazos? 

Enfim, o caminho de súdito a cidadão é longo e árido e se faz a cada dia, nas pequenas e muitas vezes desagradáveis atitudes e conflitos, visando sempre construir algo melhor e não apenas criticar e destruir o que outro fez por discordâncias muitas vezes carentes de razão.

Vamos aproveitar mais uma oportunidade de seguir unidos no caminho do debate democrático, seguido da ação conjunta e com união para a construção de uma vida melhor e da verdadeira cidadania. 

André Nei Torres é administrador de empresas, advogado, empresário e consultor, sócio fundador da Consulting Consultores, com 25 anos de atuação na Bahia e no Nordeste, e André Torres Advogados, com 20 anos de atuação