Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Diabetes: prevenção e tratamento começam com o que você come

  • D
  • Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 05:28

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Em cada 100 pessoas no mundo, oito são diabéticas. A população mundial que convive com o diagnóstico é estimada em 387 milhões. E, desses, cerca de 80% vivem em países menos desenvolvidos. Baixa renda é um grande fator de risco, principalmente pelo fácil acesso a produtos industrializados: mais baratos e de menor qualidade nutricional.

Acomete, principalmente, mulheres acima dos 30 anos. Mas é cada vez mais comum pacientes abaixo dos 21 anos, mesmo sem história familiar. O que comprova o papel do estilo de vida e da epigenética nessa doença, que podemos chamar de uma enfermidade comportamental. A diabetes é uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) identificadas como prioritárias para intervenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Tudo pode começar pela síndrome metabólica. O tecido adiposo é um tecido metabolicamente ativo e de importância endócrina que produz citocinas inflamatórias. Esse aumento de tecido adiposo provocado, não só por excesso de açúcar e carboidrato, mas também pelo excesso de proteína animal com sua gordura saturada é o que provoca a chamada resistência à insulina. 

Hormônio produzido pelo pâncreas, a insulina é responsável por colocar o açúcar (glicose) para dentro da célula, para gerar a energia necessária para processos metabólicos e melhorar a disposição. Se existe resistência à insulina, a glicose não entra, permanece no sangue, resultando em diabetes.

É um contrassenso observar associações médicas sugerirem consumo livre de proteínas animais. Esses alimentos são responsáveis por inflamar as células e provocar, associado a outros fatores, a temida resistência à insulina. O consumo de proteína animal, em especial leite, queijo e carne vermelha, está diretamente ligado ao desenvolvimento desta doença, seja pela inflamação provocada ou pelo excesso de sódio contido nesses alimentos.   Quanto maior o consumo de vegetais, melhor para prevenção e tratamento da diabetes. Um estudo publicado no Clinical Nutrition mostrou que uma dieta vegetariana melhora as taxas metabólicas em menos de três semanas. Ao contrário do pensamento comum, frutas são recomendadas pelas fibras que contêm e pelos antioxidantes que ajudam a impedir a resistência à insulina, base principal da doença. O que não é indicado é o consumo de sucos por já não terem as fibras que ajudam a regular o índice glicêmico.     A prevenção e o tratamento da diabetes devem começar com mudanças alimentares significativas, que reduzam a resistência à insulina, uso de especiarias como canela que é hipoglicemiante, associada a exercícios físicos, controle do stress, sono de boa qualidade... Quem passa a adotar hábitos pautados nos pilares da medicina do estilo de vida consegue, na maioria das vezes, uma reversão completa da condição, principalmente se tiver iniciado a menos de cinco anos e não for dependente de insulina.  

Italo Almeida é neurologista e diretor técnico da Neuro Integrada, clínica especializada em Medicina Integrativa.