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Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2022 às 05:00
- Atualizado há um ano
A alta demanda do mercado por mão de obra qualificada na área de tecnologia e a dificuldade de reter talentos no setor têm causado um turnover com grande impacto dentro das empresas. O segmento de tecnologia é um dos que mais crescem no Brasil e no mundo e, com isso, a procura por profissionais qualificados aumenta diariamente. Hoje, existem mais vagas no mercado de TI do que profissionais qualificados para ocupá-las e esse déficit de profissionais pode chegar a 260 mil até 2024, de acordo com o relatório da ABRAT.
Reter esses talentos diante de um cenário aquecido de oportunidades, tanto no mercado nacional como no internacional, é um verdadeiro desafio que nos induz a reflexões que implicam no entendimento sobre o fit cultural que está sendo vivenciado e consolidado dentro do ambiente de trabalho desses profissionais. O estudo Decoding Digital Talent, conduzido pelo Boston Consulting Group e a The Network, aponta que 93% dos funcionários de tecnologia de empresas latino-americanas esperam trocar de empresa nos próximos dois ou três anos. Além disso, 64% já buscam ativamente por novos empregos. Entre os interesses dos entrevistados, destaca-se a opção de trabalho remoto, jornadas mais flexíveis e incentivos para a formação e crescimento dentro das empresas. Agora, esses aspectos ganham mais atenção e o salário nem sempre é o ponto mais relevante na hora da escolha por uma vaga.
Com a baixa adesão às evoluções e condições de trabalho, sofremos com a fuga da mão de obra brasileira. Em 2018, 55% dos profissionais de tecnologia estavam dispostos a migrar para outro país para trabalhar, hoje esse número subiu para 67%. O profissional brasileiro, em geral, costuma despertar o interesse das multinacionais. Isso acontece por conta da produtividade e resolutividade que faz parte da rotina desses especialistas que tendem a ser versáteis e adaptáveis ao trabalho em equipe. Por isso, é imprescindível que as empresas brasileiras invistam de forma assídua na valorização desse tipo de serviço para alcançarmos maiores índices de retenção profissional. Conforme defendia o filósofo grego Platão, a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento. Por isso, cabe às empresas entenderem, incentivarem e viabilizarem o desenvolvimento profissional e pessoal de seus funcionários, de forma que eles sintam que os seus talentos e esforços estão sendo bem empregados e aproveitados na companhia. Dessa forma, construiremos relações de trabalho mais saudáveis, mão de obra mais qualificada e um país com maior potencial de desenvolvimento tecnológico.
José Messias Júnior é CEO da Cubos Academy