Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2018 às 14:00
- Atualizado há um ano
Junho é o famoso mês do São João, época muito esperada pelo forró e que, neste ano, ainda vem recheada de Copa do Mundo. Com todas as alegrias das comemorações juninas, vem aquilo que não pode faltar em nenhuma boa festa: comida! Sim, esse período é rico em milho, canjica, pipoca, pamonha, amendoim, bolos e muitas outras delícias típicas. O que para alguns é motivo de prazer, alegria e satisfação, por estarem reunidos com familiares e amigos compartilhando diversão e comida, para outros pensar que estes momentos estão se aproximando é motivo de medo e insegurança relacionados à alimentação.
Hoje em dia, as definições limitadas atribuídas aos alimentos, entre saudáveis e não saudáveis, bons e ruins, permitidos e proibidos, e a busca incessante dos ideais de perfeição corporal, influenciada pela mídia e indústrias da beleza, tem levado a uma má relação com a comida.
Alimento é muito mais que nutrientes, vai muito além do valor calórico e nutricional. Alimento é sabor, prazer, cultura, socialização, lembrança. Preparar um alimento para alguém é até prova de amor.
A mentalidade de dieta vivida por muitas pessoas restringe, não somente e desnecessariamente, diversos alimentos, como também, em momentos de festejos juninos e outras datas comemorativas, abala a vida social e as relações pelo temor de juntarem-se aos demais e terem um “descontrole alimentar”. Em uma alimentação saudável, para indivíduos saudáveis (que não necessitam, de fato, de uma restrição devido a doenças) tudo pode fazer parte, com equilíbrio e moderação, pois o problema está no desajuste do comportamento alimentar, em como cada um come, e não nos alimentos.
No São João, cada um pode divertir-se e comer com prazer suas comidas preferidas. Não é necessário tentar enganar sua vontade com as versões “fit”, que mudam a essência do alimento. Pode-se escolher os pratos que mais se gosta, apreciá-los e saboreá-los, aproveitando o momento, estando presente e atento as sensações oferecidas pelo ato de comer e pelo alimento, consciente de suas ações ao alimentar-se, e, o mais importante, deixando de lado a culpa. Sentir culpa ao comer não combina com uma boa relação com a alimentação e gera consequências ruins para a saúde mental e para a saúde física, porque, depois da culpa, vem um mix de sentimentos ruins e práticas compensatórias desnecessárias e até perigosas.
Os festejos irão passar, as comidas típicas também e depois a vida seguirá normalmente. Tenha em mente que este é apenas um período e que você não precisa ter medo ou insegurança.
Viva o momento, viva a vida agora, viva São João.
Luana Galdino é nutricionista comportamental especializada em Nutrição Clínica e em Saúde Mental.