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A estrada é longa, mas com forró: Escute a playlist forrozeira para enfrentar a estrada no São João

Para embalar sua viagem rumo ao interior, fizemos uma seleção de forró com 11 horas de puro forró. Torcemos para que você não pegue engarrafamento, mas, se pegar, já tem como se distrair

  • M
  • Moyses Suzart

Publicado em 15 de junho de 2025 às 05:00

Casal viajante tem dicas para pegar a estrada sem engarrafamento e com muita música
Casal viajante tem dicas para pegar a estrada sem engarrafamento e com muita música Crédito: Divulgação

Se duvidar, até Tomé de Sousa pegou engarrafamento na BR-324 durante os festejos juninos. Ou, quem sabe, o fundador de Salvador pode ter enfrentado também horas de fila aguardando a travessia Salvador Bom despacho na Caravela Ivete Sangalo. Desde que o mundo é mundo, o soteropolitano precisa passar por provações (ou paciência) para curtir o São João no interior. Será que existe algum milagre ou macete para fugir da peregrinação do engarrafamento ou da espera no Ferry? Algumas pessoas garantem que conseguem fugir disso, mas o CORREIO resolveu fazer diferente. Para que a viagem não aperte sua mente, preparamos uma Playlist no Spotify com 230 músicas e mais de 11 horas de puro forró. Nada de arrocha, axé ou sertanejo. Forró purinho! Clique aqui e confira!

Da hora que você apertar o play e começar a escutar nosso mimo para os viajantes juninos, nenhum engarrafamento na BR vai te estressar. Tem música que vai de Luiz Gonzaga aos álbuns mais novos de forró, como Dominguinho, de João Gomes. E, lógico, não pode faltar Magníficos, Mastruz e Aviões. Mais gostoso escutar no modo aleatório, onde você pode escutar Asa Branca e, logo em seguida, ouvir o Risca Faca, de Aviões. Não tem como se entediar. É um jeitinho de aliviar sua viagem. Quanto ao engarrafamento, também vamos tentar adiantar o lado de vocês com dicas de pessoas que já passaram apertos, mas aprenderam a lição.

Buscamos a galera que tem as manhas e conseguiram ludibriar o engarrafamento com estratégias simples, mas eficazes. Já podemos até dar dois spoilers: viajar de madrugada e fugir do ferry. Saber o horário de pegar a estrada é primordial para a viagem iniciar e terminar tranquilamente. É o que explica Danilo Cabral, que vai viajar no próximo dia 19 para Ubaira, cerca de 270 quilômetros de Salvador.

Ele poderia cortar a metade do caminho se fosse pelo Ferry, mas fora de cogitação. O percurso pode ser até menor, mas o tempo na fila da travessia já toma mais que o tempo se for pela estrada. “O segredo é sair de casa bem cedo. Como muita gente vai conseguir iniciar o feriado junino no dia 19, vou sair 3 horas da manhã de casa. Às 4 da manhã já tem fluxo, então antecipo para tentar pegar o mínimo de trânsito possível na rodovia. Depois das 4h, o trânsito já é duplicado, mas apenas na saída da cidade. Passou de 6 horas, complica”, disse Danilo, que conta outra vantagem de sair cedo. Além de evitar o engarrafamento, também pega poucas carretas, evitando ultrapassagens perigosas.

Danilo pega estrada todo ano neste período e nem sempre para o mesmo interior. Por isso, para ele, planejamento é tudo. “Se a pessoa não tem conhecimento do trajeto, é sempre importante buscar, conhecer um pouco do caminho que você precisa fazer, se a pista é simples, se a pista é dupla, se tem um grande volume de carreta, de veículos, quais são as áreas mais perigosas dessa rodovia…”, garante Danilo, que faz um trajeto e não abandona o aplicativo de GPS. Na verdade sua esposa e co-pilota, Raphaella Castro, fica encarregada de traçar o plano. Ou pelo menos tenta. “Ela dorme a viagem toda”, completa Cabral.

Mas até o experiente Danilo e sua atenta co-pilota precisam ficar atentos nos trechos da BR-324. Desde 15 de maio, quando o contrato da ViaBahia foi encerrado, a cobrança de pedágio da rodovia foi oficialmente suspensa. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assumiu a gestão do trecho e já anunciou ações emergenciais, como tapa‑buracos, sinalização e limpeza. O órgão também anunciou que as obras serão paralisadas entre os dias 18 e 25 de junho, um alívio para motoristas e passageiros.

Cuidados

Ainda assim, autoridades alertam para possíveis pontos críticos, especialmente nos trechos com pavimento danificado e ondulações, sobretudo próximo a Feira de Santana. Quanto ao tráfego após o fim do pedágio, os motoristas precisam ficar atentos: as praças de cobrança foram desativadas, mas a ausência de barreiras físicas pode gerar confusão. As cancelas permanecerão fechadas e os motoristas terão passagem pelas laterais do pedágio.

Equipes do DNIT e da Polícia Rodoviária Federal estarão presentes para orientar o fluxo e ajudar na transição, evitando congestionamentos nas antigas cabines. A dica para quem vai viajar no São João é planejar levando em conta possíveis lentidões nas obras ou nos pontos onde circulam. Por isso, a solução de sair na madrugada pode definir se sua viagem será tranquila ou cheio de stress e engarrafamentos, o que dá no mesmo.

E assim como conselho de mãe, nunca é o bastante dar todas as orientações que os viajantes estão cansados de ouvir todo ano. Viajar de madrugada durante o período junino exige atenção redobrada dos motoristas. A visibilidade reduzida, a maior incidência de sono, neblina e o menor movimento nas estradas podem aumentar os riscos de acidentes. É essencial revisar o veículo antes da viagem, especialmente sistema de iluminação, pneus e freios, além de evitar dirigir sozinho ou cansado.

Se acordar com sono no dia da viagem, recalcule a rota, descanse mais um pouco e siga depois. É mil vezes melhor um engarrafamento do que um acidente. Pausas para descanso, café e alongamento a cada duas horas são recomendadas. Em trechos com obras ou sinalização comprometida, comuns neste período, a cautela deve ser ainda maior. E mesmo sem pedágio na BR-324, o ideal é manter a atenção nas antigas praças e não reduzir bruscamente a velocidade sem necessidade.

Saulo Santiago alugou uma casa com mais 17 pessoas em Cruz das Almas, segundo ano seguido que ele vai. Ano passado, ele resolveu pegar estrada na sexta-feira, à tarde. “Acabei pegando um engarrafamento danado, numa viagem que dura, em média, duas horas, acabei fazendo entre 5 a 6 horas. Aprendi a lição”, lembra.

A maioria da turma de Saulo vai viajar em comboio, na madrugada do dia 19, também às 3 horas da manhã. Ele acredita que este horário não terá trânsito. Já Moisés Souza não terá muitas opções: só será liberado do trabalho na sexta-feira, depois de meio-dia e vai para Santo Antônio de Jesus. “Vou ter que enfrentar o inferno. Sem dúvida, quando dá, saio de casa na madrugada, mas é o segundo ano que só consigo depois do meio-dia. Deixar de ir, que não vou, né? Paciência e muita comida no carro… Ano passado levamos um balde de amendoim, que acabou antes de terminar o trecho da BR-324”, lembra.

Mesmo assim, Moisés assegura que é melhor o engarrafamento do que a travessia Salvador Bom Despacho. “Em dias normais, ir de ferry reduz muito a viagem e você evita carretas da BR-101. Mas no São João? Meu primo, ano passado, resolveu ir de ferry. Ele saiu de casa umas três horas antes de mim. Quando eu cheguei em Santo Antônio, mesmo pegando a BR, ele ainda estava entrando no ferry. Só vale a travessia para quem vai pra ilha ou locais por ali, como Nazaré. Nos demais, esqueça o ferry”, garante Moisés.

Já sabe: ferry, só se for em casos bem excepcionais. Pela estrada, a melhor forma de fugir do engarrafamento é viajar na madrugada sertaneja. Mas se não tiver jeito e precisar pegar o engarrafamento, já sabe: pega nossa playlist, aperte o play e siga seu rumo sabendo que toda estrada tem seu fim. E não vai faltar trilha sonora forrozeira para embalar seu caminho. Boa viagem!

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são João